Josué Teixeira e Val Barreto
Josué Teixeira e Val Barreto

O Clube do Remo começou a sua preparação para a temporada de 2017. O time vem recheado de garotos, com jogadores locais e algumas caras conhecidas. Entre os que já atuaram e brilharam com a camisa do Leão, está o atacante Val Barreto. Um dos grandes “xodós” da torcida azulina dos últimos anos está de volta e se diz pronto para repetir as boas atuações, com gols e grandes conquistas para o time azulino.

Como é voltar ao Remo?

É uma alegria muito grande. Moro aqui em Belém e sempre vinha para cá. A torcida me encontrava na rua e pedia para voltar, mas não dependia só de mim. É uma satisfação e alegria de vestir essa camisa de novo, que tem um peso enorme, que é um grande clube e tem uma grande torcida. Para mim é um motivo de felicidade.

Você chega com o aval de um treinador que não trabalhou com você. O que isso representa?

É uma oportunidade que ele (Josué Teixeira) está me dando. Não me conhece, mas já me viu jogando algumas vezes. É uma responsabilidade a mais, com o treinador me dando essa confiança. Acho que só vai depender de mim para ser titular. Isso ele deixou bem claro. Ele pediu a minha contratação, mas vou ter que trabalhar muito para conquistar meu espaço. Estou muito feliz, porque ele está passando a confiança para eu trabalhar com a cabeça tranquila.

Você volta para o Remo depois de pouco mais de um ano. O que mudou?

Melhorou a minha cabeça. Acabei tendo muita dificuldade depois que saiu a diretoria do Pirão. Tive dificuldade com algumas pessoas, mas era algo que poderia evitar. Mudou a minha forma de pensar, minha forma de agir, para algumas situações onde a gente tem que se calar muitas vezes, não falar nada, ficar quieto. Quando a gente compra uma briga, você fica sozinho e acaba sendo perseguido, mas melhorou a minha cabeça e vou procurar fazer o que aprendi: só trabalhar e jogar futebol, deixando essas outras coisas de lado.

O que mudou no Remo?

Quando cheguei, a gente não tinha Série e a responsabilidade era muito grande. Agora que tem, a responsabilidade é maior ainda. A gente vê que a diretoria trabalhou e está trabalhando para melhorar a alimentação aqui dentro, o vestiário, a sala de imprensa. A gente vê que eles estão dando o máximo, para deixar a gente tranquilo e deixar um ambiente para a gente poder desempenhar um bom futebol.

Como você vê esse novo momento do Remo, com jogadores da base e atletas locais?

O que a diretoria está fazendo é dando a oportunidade para o pessoal da região. Tem meninos da base com qualidade. Em 2 anos, revelamos o Rony e o Warian (Ameixa) e poderíamos ter revelado mais jogadores da base. Acho que a diretoria está no caminho certo, dando oportunidade para os mais jovens e para o pessoal daqui, para que eles possam mostrar o futebol e o talento deles também.

Com a sua rodagem, como é ser a referência em um time com muitos garotos?

O pessoal gosta de conversar comigo, de brincar. Isso é o mais importante. A gente tem que ser referência de alegria, de trabalho. Eles sempre vão estar com os olhares em cima de gente, nos mais experientes, que têm um nome no clube. Temos que passar o melhor exemplo para eles, para que eles possam trilhar um caminho de vitórias. Eles são jovens e têm tudo para brilhar aí na frente.

O que a torcida pode esperar do Val Barreto, que não joga desde o primeiro semestre?

Vou trabalhar muito e me dedicar mais. Aprendi muito quando saí daqui. Fazer alguns trabalhos por fora, para sempre manter a parte física. O futebol judia, sim. Ninguém para, a gente tem que viver o futebol intensamente. Acho que não tem problema esse tempo parado. Se o cara tiver bem fisicamente, o ritmo de jogo vai sendo adquirido gradativamente durante os treinos. É só manter a cabeça no lugar e não desesperar. Tem muito tempo para se preparar e com calma vamos chegar bem para a estreia.

Diário do Pará, 11/12/2016