O Remo tomou o dobro de gols dos times que estão acima dele na Série C. Foram 8 gols em 7 jogos, enquanto Fortaleza (CE), Botafogo (PB), ASA (AL) e ABC (RN) tomaram 4 e o Salgueiro (PE) apenas 3.
Embora as maiores críticas estejam voltadas para a impotência ofensiva, o time azulino tem a 2ª maior artilharia do grupo. Sem bem que por conta do atípico jogo contra o Confiança (SE), nos 5×3 aplicados no time sergipano.
A questão fundamental é mesma a vulnerabilidade do sistema defensivo, que no domingo (10/07) vai enfrentar o melhor ataque do campeonato. O Fortaleza (CE) já fez 11 gols.
O time remista oferece muito espaço entre defesa, meio e ataque. Isso é erro estrutural óbvio. Na intensidade crescente do futebol, times que não sejam compactos não podem ser competitivos. Para ser compacto e intenso, o time depende do preparo físico, que tem sido pecado permanente no Leão Azul. É aí que está a raiz dos problemas! Nem todos os jogadores estão comprometidos com a causa do clube. O rendimento nos jogos depende do trabalho nos treinos e da preservação no extracampo. Simples assim!
Nos 26 jogos oficiais que disputou na temporada, pelo Parazão, Copa Verde, Copa do Brasil e Série C, o Remo tomou 32 gols. Média de 1,23 por jogo. Isso traduz bem a vulnerabilidade do time azulino, que fracassou nas 3 primeiras competições e anda titubeando na Série C. Se Waldemar Lemos não corrigir os erros estruturais do time, o Remo não terá futuro no campeonato. Essa correção só vai ocorrer se houver compromisso dos atletas.
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 09/07/2016