Rony
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O Remo estuda se tem como comprovar que é o clube formador do atacante Rony e, assim, receber um percentual pela venda do jogador, que estava no Cruzeiro (MG) e foi negociado para o Albirex Niigata, do Japão. Marco Antônio Pina, que é advogado e diretor de futebol do Leão, afirmou que o caso ainda está sendo analisado.

“Existem várias situações com relação a esse caso do Rony. Ele teria sido negociado não pelo Remo, mas pelo próprio atleta com um grupo de investidores, que fizeram o negócio com o Cruzeiro (MG). Estamos fazendo um levantamento da documentação e dos termos da negociação. O Remo não tem o certificado de formação de atletas, que é uma exigência da CBF a partir de 2012. São poucos os clubes do Brasil que possuem. Vamos avaliar tudo isso para saber se o Remo tem direito. Se tiver, nós vamos correr atrás”, explicou.

A cada transferência internacional de um atleta de futebol, o clube formador tem como receber até 5% dos valores envolvidos. A equipe paraense não teria direito justamente por não ter o certificado expedido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como “Entidade de Prática Desportiva Formadora”. Porém, o Remo tentaria provar que tem o direito a um percentual, já que foi o responsável por federar o atleta.

Rony tem 21 anos e foi revelado nas categorias de base do Remo. Teve a primeira oportunidade no elenco profissional remista em 2014, ganhando destaque no Campeonato Paraense de 2015 e logo sendo negociado para um grupo de investidores, em abril do mesmo ano. Em seguida, o jogador teve os direitos federativos comprados pelo Cruzeiro (MG).

Em 2016, o ex-atacante remista foi emprestado ao Náutico (PE), onde disputou 51 jogos e fez 14 gols. A equipe mineira vendeu Rony para o time japonês por R$ 4 milhões.

Globo Esporte.com, 13/12/2016