O Nacional (AM) queria Léo Paraíba, que tinha contrato com o Remo, mas queria ir para o Nacional (AM). Atendendo ao pedido do atleta, a diretoria do Remo liberou Léo Paraíba, mas o Nacional (AM) desistiu. Desempregado, o atacante precisou voltar para a casa da sogra, em Imperatriz (MA), sem contrato ou previsão de retornar aos campos – e cheio de frustração.
Pela primeira vez, o atacante, que foi campeão amazonense em 2014 com o Nacional (AM), conta como se desenrolou a negociação “nebulosa” e resgata a breve história de jogador do Remo à promessa de reforço e desempregado.
“Não tinha ligado para ninguém. Não estava indo atrás de outro time. Estava empregado pelo Remo e recebi o contato do Nacional (AM). Todo mundo sabe que tenho um carinho muito grande pelo Nacional (AM) e isso fez com que aceitasse a proposta que ele me fez”, conta Léo Paraíba, referindo-se à Gilson Mota, diretor de futebol do clube manauara.
Léo conta que o dirigente foi quem entrou em contato com ele no início de abril, às vésperas do jogo entre Remo e Nacional (AM), pela Copa Verde. Gilson ligou com boa proposta e o atacante aceitou. A partir daí, a história virou um pesadelo até mesmo para o grande protagonista da transferência.
“Não fiz proposta nenhuma. Eles que me fizeram proposta. Como topei, fui conversar com o Remo e eles me liberaram na boa. Nisso, o Gilson disse que na segunda-feira seguinte (depois da liberação), eu podia ir para Manaus (AM). Rescindi, e ele sumiu. Disse que ia ter que ter umas reuniões para decidir e, desde então, sumiu. Nem mando mais mensagem, porque sei que não vão me responder”, relata Paraíba.
Em meio ao imbróglio, Léo se viu fora do elenco do Remo, que vai disputar a Série C em 2016, e ainda mais longe da campanha do Nacional (AM), que vai participar da Sèrie D este ano.
“Agora estou desempregado e com 2 filhas. Voltei para a casa da minha família e estou nessa situação. Nem sei quando volto a jogar. O que esse cara (Gilson Mota) fez é muito errado. Foi de mau caráter. Não tenho raiva nenhuma do Nacional (AM), é um time que gosto muito e estava com muita vontade de ir, mas o que esse cara fez comigo me deixou muito chateado. Fez largar o time que estava e me deixou na mão”, desabafou.
Gilson Mota, diretor de futebol nacionalino, contou sua versão da negociação com o atacante. Segundo ele, de fato, o clube entrou em contato com Léo Paraíba e ofereceu uma proposta mediante a decisão da comissão técnica do Nacional (AM), que ainda avaliaria o reforço. Como o jogador não correspondia às necessidades do elenco, foi descartado.
“Léo estava na nossa lista inicial e fiz contato com ele. Conversamos e avisei que passaria a situação para a comissão técnica, mas a comissão rejeitou o reforço. Afinal, o Nacional (AM) busca um atacante que atue por dentro e Léo trabalha muito mais e melhor como ponta. Nessa função, já temos 4 atletas. Tinha vontade de trazer ele, mas não sou eu que decido isso, só faço a negociação”, afirmou Gilson.
Globo Esporte.com, 11/04/2016