Waldemar Lemos
Waldemar Lemos

Na desconfortável relação de Marcelo Veiga com o elenco, jogadores eram “castigados” fazendo flexões quando erravam nos treinamentos. Era a conduta de um chefe! Waldemar Lemos deve ter feito sua leitura dos fatos e promoveu uma inversão. Agora, quando o jogador faz corretamente o que lhe é cobrado, o técnico é quem faz as flexões. Conduta de um líder!

Por essa e por outras, como a forma sempre cortês de tratar quem o rodeia, Lemos logo virou um ponto de convergência no Baenão. Todos os segmentos do clube em torno dele. Ambiente prazeroso, apesar do trabalho dobrado. Treinos matinais vêm sendo esticados até 12h30, no calorzão de até 38°C.

O atacante Edno disse que o grupo trabalha bem mais nos treinos com Waldemar Lemos e que os atacantes passaram a ser mais exigidos na marcação, mas com menor desgaste físico, porque o time está em franco ajuste tático e potencializando a troca de passes.

O fato é que, apesar dos salários atrasados, os profissionais azulinos estão entusiasmados, seguros da ascensão do time e de que a torcida dará suporte financeiro para atualização de pagamentos.

A lição de liderança de Waldemar Lemos reabre perspectivas e produz um exemplo para todos que gerenciam pessoas, em qualquer setor de atividade.

[colored_box color=”yellow”]Mais que tendência, é realidade crescente a marcação avançada no futebol. Assim, reduzem-se os espaços para zagueiros e volantes como iniciadores de jogadas. Os tais “xerifes”, rebatedores, vão perder espaço no futebol intenso, em que meias e atacantes fazem a primeira e efetiva marcação.

O Remo sente as limitações técnicas dos seus zagueiros, com grande dificuldade de fazer a transição defensiva. É o caso também de Ciro Sena, que está voltando. Assim como meias têm virado volantes pela segurança do passe, volantes começam a virar zagueiros pelo mesmo motivo.[/colored_box]

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 21/07/2016