Remo 5x3 Águia (João Victor)

Apesar de o time ter estreado bem no Parazão 2016, a vitória por 5 a 3, diante do Águia de Marabá, deixou ao menos uma preocupação ao técnico Leston Júnior: a fragilidade da defesa azulina, que permitiu que o adversário chegasse aos 3 gols, um deles na abertura do placar.

Ainda no decorrer da partida, o treinador foi visto conversando, à beira do gramado, com a dupla de zaga da equipe, formada por Henrique e Max. Leston aparentava insatisfação com a facilidade com a qual o Azulão chegou a abrir o placar e, depois, marcar mais 2 vezes, uma delas em pênalti cometido por Max, ao interceptar com o braço a trajetória da bola na grande área.

Após a partida, Leston evitou criticar em público, na coletiva à imprensa, as falhas de sua defesa nos lances dos gols. “Se a gente não cometesse erros, eu seria mágico e os meus jogadores seriam o Barcelona”, amenizou. “Erros acontecem mesmo na sequência de trabalho, imagine no início. Até coloquei isso para eles (jogadores)”, disse Leston.

“Meus times, historicamente, até sofrem poucos gols. É anormal tomar 3 gols, como tomamos, mas é o começo. É até importante que os erros aconteçam agora para que a gente possa acelerar o processo de correção. Ainda bem que eles aconteceram com o nosso time vencendo o jogo”, comentou Leston.

O treinador afirmou que o Leão ainda “está em sua pré-temporada”. “Estamos nesta fase, com 2 jogos oficiais entre ela”, afirmou Leston, referindo-se as partida contra o Águia e a próxima, de quarta-feira (03/02), contra o São Francisco, em Santarém.

Após este segundo jogo, o Leão ficará por 14 dias de folga na tabela do Campeonato Paraense, só voltando a jogar no dia 17/02, contra o Parauapebas, em Belém, pela 4ª rodada da Taça Cidade de Belém, o primeiro turno do Estadual. Neste intervalo, o Leão fará um amistoso, dia 14/02, contra o Nacional (AM), em Manaus (AM).

Leston não adiantou a formação que pretende mandar a campo no estádio Colosso do Tapajós. “Vou ver como vai ser a recuperação desses jogadores. A maior parte deles ficou inativa por mais de 60 dias. A recuperação é uma questão genética, cada um reage de uma maneira. Se puder, vou tentar manter sempre uma base”, observou.

Alguns jogadores do time, sobretudo entre os recém-contratados, deixaram o gramado do Mangueirão, no domingo, 31/01, extenuados. O caso mais visível foi o do meia Marco Goiano, um dos melhores do time, que deu mostras de cansaço, tendo sido substituído no segundo tempo.

O problema já era esperado, conforme antecipou Leston Júnior e o preparador do elenco, Róbson Melo, que antes mesmo da bola rolar já haviam anunciado que o Leão, em função do pouco tempo de preparação, não entraria com 100% de condicionamento no campeonato.

Diário do Pará, 02/02/2016