Um dos pontos vulneráveis do time desde o início da temporada, sobretudo depois da saída do zagueiro Max, que segue tratando de uma lesão no ombro esquerdo, a defesa do Remo – que sofreu gol em todos os jogos do Parazão – deve mudar de postura no Re-Pa deste domingo, 03/04.

O setor vem recebendo do novo treinador do time, Marcelo Veiga, uma atenção à parte, conforme revelou o zagueiro Henrique, após o apronto desta quinta-feira (31/03) pela manhã, no Mangueirão. De acordo com o defensor, o excesso de jogadores na área remista, principalmente em lances de bola parada, favorecendo os adversários, pode, na visão do técnico, ter sido o maior responsável pelos gols sofridos pelo Leão.

A composição da defesa azulina segue praticamente a mesma (apenas o lateral-esquerdo João Victor, lesionado, não deve jogar), mas o treinador ensaia mudança no comportamento do setor.

“Ele não mudou a dupla de zaga e a nossa linha de quatro (defensores), na minha concepção, está muito consistente. A cobrança está vindo, a gente entende, mas os gols que a gente vem sofrendo são mais em bola parada. Nesse tipo de situação, estamos marcando com 10 jogadores dentro área e, por isso, a responsabilidade é dividida”, comentou Henrique, que falou, em seguida, sobre as orientações passadas por Veiga.

“Com a chegada do Veiga, ele pediu para a gente aumentar um pouco essa linha lá atrás. Na bola parada, será no mano a mano, com, no máximo, 6 jogadores”, revelou o zagueiro. “Estamos procurando assimilar essa nova postura, apesar do tempo curto que estamos tendo”, completou o atleta, que disse entender a preocupação do treinador.

“Não digo que aquilo que a gente vinha fazendo estava certo ou errado, mas ele (Veiga) quer que o time jogue da maneira que acha melhor lá atrás. No primeiro treino, ele já colocou um pouco disso”, disse.

Segundo Henrique, a mudança também afeta os volantes do time. “Ele pediu uma marcação mais forte deles. Pediu para eles darem uma ‘chegadinha’, como se costuma dizer no futebol”, declarou.

Diário do Pará, 01/04/2016