Zé Teodoro
Zé Teodoro

No treino de ontem à tarde, no Baenão, uma velha conhecida finalmente foi recepcionar os jogadores: a chuva. Para quem já era da casa, o trabalho de dois toques em nada foi alterado. Já para quem ainda está se acostumando ao clima da capital paraense, foi uma novidade.

“Hoje (quarta-feira, 14/01) foi uma chuva forte, hein? Em Goiânia (GO) é assim também, com muita chuva. Espero apenas que os campos não fiquem muito pesados”, comentou Felipe Macena.

O jovem volante afirma que o elenco tem que saber tirar o máximo proveito dos treinos, seja como for o dia, para evitar prejuízos no futuro. “A gente tem que se adequar a como estiver o dia, com chuva ou não, quente ou não. Se o campo estiver ruim, temos que ser profissionais e encarar”, afirmou.

Já para o meia Ratinho, que está no Pará há 7 anos, uma chuva como a de ontem é mais do mesmo. Ele relembra que chegou a estranhar quando chegou, mas que a adaptação não foi complicada, assim como vai ser com os novos companheiros.

“Em 2008, quando cheguei, estranhei um pouco. Hoje estou totalmente acostumado com as variações do clima daqui. O pessoal está se adaptando ao clima. Não é fácil, mas temos tempo para isso. Eles sentiram um pouco a pancada de hoje (ontem)”, disse Ratinho, que garante que os mais experientes têm dado informações e ajudado os novatos.

“Dica a gente dá, cabe a eles acatar. Tem que estar muito bem preparado fisicamente e eles sabem. É no dia a dia que a gente se aperfeiçoa. Devagar a gente vai abrindo os olhos deles, inclusive para os campos pesados”, comentou.

O técnico Zé Teodoro também minimizou a situação. Segundo ele, os treinos devem ser intensificados em dias como esse, inclusive, para que haja uma melhor adaptação dos jogadores.

“Trabalho com bola à tarde, mas na semana da estreia vamos treinar debaixo de chuva mesmo. Aqui ninguém tem medo de água, de raio, de nada. Temos que enfrentar qualquer situação. Na situação em que o Remo está, tem que enfrentar tudo e a todos”, avisou.

Sobre as dificuldades de comunicação por causa do barulho da chuva, o treinador afirma que para tudo se dá um jeito. “Se não der para me fazer entender na chuva, vou ter que dar um jeito. Tenho que aprender a enfrentar as adversidades. Eles vão ter que escutar. Se não, paramos o jogo e chamo alguém para passar uma orientação”, completou.

[colored_box color=”yellow”]Condição física será critério de corte para não “queimar jogador”

Não foi um treino coletivo, mas no primeiro “dois toques” do ano, Zé Teodoro mostrou um esboço do time azulino para esta temporada. A equipe principal formou com: Fabiano no gol; Ilaílson, Max, Raphael Andrade e Jadílson na defesa; Felipe Macena, Dadá, Fabrício e Eduardo Ramos no meio de campo; Rafael Paty e Rony.

No decorrer do treino, várias mudanças foram feitas. O técnico explicou que, nessa fase da preparação, falar em time titular é precipitado, mas deixou passar que se fosse um jogo oficial, a formação de ontem certamente seria a que entraria em campo.

“Foi um trabalho em campo reduzido, para encaixar as peças. Já coloquei o esboço do que pretendemos para iniciar o campeonato. Vamos montar aos poucos, buscar evoluir e achar a formação certa”, disse.

Zé Teodoro deixou claro que, em um primeiro momento, vai priorizar a condição física dos jogadores para escolher quem vai jogar, isso até que todos estejam em iguais condições.

“É cedo, mas preciso começar a definir. Não vou pegar ninguém sem condições de jogar e depois queimar o jogador. Temos consciência do que podemos fazer, das variações que vamos utilizar”, contou.[/colored_box]

Amazônia, 15/01/2015