Kiros
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Depois do jogo em Ribeirão Preto (SP), Cacaio avisou que iria repetir a mesma equipe no confronto de volta em Belém, contando apenas com os três titulares que ficaram ausentes por contusão e suspensão – Eduardo Ramos, Max e Levy. Porém, o time poderá sofrer outras mudanças e elas se localizam no ataque.

Aleílson e Welthon, titulares contra Operário (PR) e Botafogo (SP), funcionam até certo ponto, levando em conta a mescla de experiência e força, apesar da visível distância entre ambos.

Ocorre que na decisão da semifinal será fundamental que o Remo agrida a zaga paulista desde os primeiros movimentos. Para isso, a importância de ter em campo um atacante alto não pode ser desprezada. Ainda mais levando em conta que o sistema defensivo do Botafogo (SP) não dispõe de zagueiros de grande estatura.

Kiros, que se saiu bem nos confrontos com o Palmas (TO), surge como alternativa natural para a estratégia de sufocar o visitante.

Cacaio surpreendeu no jogo de volta com o Operário (PR) ao lançar Welthon e Aleílson, mas tudo indica que a bola aérea – decisiva em mais de 80% dos jogos da Série D – pode novamente fazer a diferença.

Por essa razão, não faria sentido abrir mão de um centroavante do porte de Kiros, contratado justamente com a finalidade de suprir essa deficiência do ataque azulino. A dúvida é se entra jogando ou ficará como trunfo para o decorrer da partida. Dificilmente, porém, deixará de ser utilizado pelo técnico.

Vale lembrar que, entre as incertezas para a escalação de domingo (01/11), o comando do ataque é setor crucial para um duelo no qual o Remo precisará marcar 2 gols, pelo menos, caso queira evitar o suplício de uma decisão em penalidades.

No meio, a volta de Eduardo Ramos garante segurança e poder de fogo ofensivo, a partir da qualidade das jogadas criadas naquele setor. Quanto à marcação, Ilaílson segue absoluto. Para o lugar de Chicão (suspenso), Cacaio certamente irá prestigiar Felipe Macena, de atuação valorosa em Ribeirão Preto (SP).

O certo é que Cacaio tem no momento a tranquilidade de contar com várias alternativas para montar a equipe, com quase todos os jogadores disponíveis e sem problemas de contusão. Para o ataque, por exemplo, pode se dar ao luxo de ter três duplas diferentes – Aleílson/Welthon, Kiros/Léo Paraíba, Rafael Paty/Sílvio.

Nenhum outro semifinalista da Série D conta com tamanha fartura de opções.

Blog do Gerson Nogueira, 28/10/2015