Cacaio
Cacaio

Após tomar conhecimento de que não permaneceria no comando técnico do Clube do Remo para a temporada 2016, Cacaio decidiu seguir a sua vida normalmente, à espera de um acerto com outra equipe de futebol.

Porém, antes de colocar de vez o Leão no passado de sua carreira, o treinador se defendeu de críticas que, segundo ele, foram feitas por alguns dirigentes azulinos a respeito do seu comportamento fora do local de trabalho.

Na noite da última quinta-feira (19/11), Cacaio esclareceu os fatos. Em entrevista, o técnico fez questão de agradecer ao apoio recebido pelos torcedores e à oportunidade dada pela diretoria. No entanto, ele também criticou os antigos problemas internos do clube.

“Fico triste com algumas coisas que estão sendo colocadas por alguns diretores em matérias que li durante o dia, sobre o meu comportamento. Fico triste com isso, porque até 10 dias atrás estava tudo bom, tudo normal. Acho que a partir do momento que você não dá continuidade ao contrato, as coisas tem que ser deixadas de lado. Já pensou se saísse falando tudo o que aconteceu durante esse tempo lá dentro do Remo? Ia virar uma lavagem de roupa suja. Acho que a melhor maneira é deixar isso de lado. O Remo segue o seu caminho, sigo o meu e vida que segue”, desabafou Cacaio.

O agora ex-treinador remista também revelou que esteve ameaçado de deixar o cargo durante a disputa do Campeonato Brasileiro da Série D.

“Cheguei a conversar com uma pessoa, que hoje respeito muito até pela opinião que teve, que foi o Milton Campos, em uma reunião que nós tivemos. Ele chegou e conversou comigo. É assim que tem que ser no futebol. Ele botou a opinião dele e depois do acesso viu que estava errado e veio conversar comigo, dizendo que estava errado, que a melhor coisa que aconteceu ao Remo foi eu ter continuado no grupo, porque nós conseguimos o acesso”, contou.

“Talvez se eles tivessem trocado de técnico quando queriam, o Remo não tivesse conseguido o acesso, mas isso é tudo hipótese também. Talvez tivesse conseguido também, talvez tivesse sido campeão, talvez não. Tudo era possível”, comentou.

Cacaio também sabia que sua saída do Remo era uma questão de tempo.

“Quando acabou o campeonato (Série D), já sabia que isso poderia acontecer. Já tinha conversado com alguns diretores e pessoas ligadas ao clube. A gente já sabia que não havia esse interesse por parte do clube, mas isso é normal no futebol”, lembrou.

“Minha preocupação não é nem com falta de respeito, minha preocupação toda é o falatório que fica, cada um fala uma coisa e fica denegrindo a imagem um do outro. Acho que isso não é coisa normal do futebol. Queria apenas que as pessoas deixassem o lado pessoal de lado e falassem só do lado profissional, porque se for falar de algumas pessoas lá de dentro que conheço, vai ficar meio esquisito para todo mundo”, completou.

“Essas fofoquinhas sempre atrapalharam o Remo. Felizmente, o grupo se fechou, se uniu e não deixou essas coisas minarem durante a competição”, encerrou o técnico.

Abaixo, você acompanha a entrevista de Cacaio, na íntegra:

Portal Arquibancada, 20/11/2015