São mais de R$ 500 mil somente com folha salarial dos jogadores. Esse valor não paga sequer o salário do astro colorado, o meia argentino D’Alessandro. No entanto, se não tem medalhões de primeiro nível, o Remo tem estrelas que rodaram o Brasil e aportaram em Belém com salários altíssimos para os padrões locais.
Athos, Eduardo Ramos e Leandrão são três exemplos claros. O “camisa 33” teria o maior salário do elenco. Já o experiente Leandrão, com passagens pelo mesmo Internacional (RS), além de investidas na Europa, está próximo do meia, da mesma forma que o ex-armador da Chapecoense (SC) está empregado.
Se o investimento é alto e não dá resultados, é sinal de que alguma coisa não vai bem. “Foi uma derrota deprimente e vergonhosa. Não tenho adjetivos para classificar um vexame como esse diante da nossa torcida. Nada deu certo. Perdíamos todas as segundas, tercerias, quartas, quintas bolas. Um time totalmente perdido em campo, descompactado”, criticou o diretor de futebol Thiago Passos, um dos poucos a permanecer no gramado após o jogo. “O presidente estava tão irritado quanto todos nós. Ele deixou o camarote na metade do primeiro tempo”, revelou.
O dirigente não poupou críticas aos medalhões. Ele admitiu a inferioridade azulina, mas não engoliu que jogadores de custo tão elevado não sejam produtivos quando o time precisa. “A gente vê com tristeza, pois são jogadores de alto nível. Não conseguimos ter nenhum rendimento. Agora, em um cargo de direção, precisamos tomar atitudes e ver o que é melhor para o Remo”, avisou Passos.
Diário do Pará, 13/03/2014
