Roberto Fernandes
Roberto Fernandes

De volta à dura realidade, os dirigentes do Clube do Remo têm pela frente uma missão talvez mais difícil do que montar e conduzir um plantel de quase 30 atletas durante uma temporada. Agora, o processo é o inverso e a ordem é justamente esta: desfazer daquilo que foi feito, passando por negociações, rescisões de contrato e outras medidas que precisam ser tomadas o quanto antes, mesmo sem uma grandes fontes de renda.

O ônus do trabalho é o reflexo da campanha fracassada na Série D do Campeonato Brasileiro. Depois de ser eliminado nas oitavas de final pelo Brasiliense (DF), os dirigentes começaram a se reunir. Primeiramente entre eles e na sequência com os atletas. Aproximadamente 20 profissionais, incluindo parte da comissão técnica, devem deixar o Baenão, mas antes precisam acertar os detalhes do encerramento de contrato.

O técnico Roberto Fernandes, por exemplo, já não está mais em Belém. Do atual grupo, 90% possui contrato até o dia 30/11. Eles têm pela frente pelo menos dois meses de salários à receber. “Vamos reunir separadamente com os atletas para definir todos esses assuntos e deixar tudo bem para as duas partes”, prometeu Thiago Passos, diretor de futebol, após a desclassificação.

Na tarde de ontem, Passos reuniu com o presidente Zeca Pirão e os membros do Departamento de Futebol. Procurados, nenhum deles foi localizado para comentar a situação. Porém, existe a possibilidade de que alguns atletas e ex-atletas possam acionar a Justiça para exigir direitos trabalhistas. Um deles é o zagueiro Rogélio, contratado para o Estadual, que cobra do Remo na Justiça aproximadamente R$ 700 mil.

Diário do Pará, 07/10/2014