Entre as descobertas do cientista inglês Isaac Newton, há uma que pode ser enquadrada perfeitamente na penosa situação que envolve facções organizadas e a diretoria do Remo. A terceira lei de Newton diz que “para toda ação, há uma reação”. É exatamente o que está acontecendo, em mais um capítulo da eterna relação de amor e ódio entre o Leão Azul e suas temidas facções.
Imediatamente após o protesto violento de sábado, a diretoria azulina prestou queixa na delegacia, dois integrantes foram presos e outros estavam sendo indiciados. A retaliação da cúpula azulina não parou por aí. Foi propalado o discurso de que a culpa, caso o Remo não chegasse às finais do Estadual, seria da referida facção; e o mais recente episódio da resposta azulina foi ainda mais energético: a facção organizada foi proibida de entrar no estádio Evandro Almeida.
“A Polícia Militar já havia vetado, o Ministério Público já havia extinto, então nós resolvemos tomar essa atitude e eles estão proibidos de entrar nos jogos do Remo até segunda ordem”, garantiu o presidente Zeca Pirão. O dirigente destacou que a decisão foi tomada em conjunto pela diretoria e que até os únicos auxílios concedidos para a referida facção, foram definitivamente cortados.
“Nós já não ajudávamos mais com ingressos, era só com enfeites, coisas ligadas à festa da torcida, mas não vamos nos comprometer com mais nada”, prosseguiu. Pirão disse ainda que após o lamentável episódio, nenhum integrante do grupo que invadiu o estádio o procurou ou mesmo alguém da diretoria, para tentar uma reconciliação. “Desde o que aconteceu, não fomos procurados. Então fica assim”, encerra.
Diário do Pará, 29/04/2014