Charles Guerreiro e Nildo Pereira
Charles Guerreiro e Nildo Pereira

Por enquanto, o técnico Charles Guerreiro continua no comando do Remo. A derrota por 2 a 1 para o Paysandu, domingo passado, no Mangueirão, foi a primeira do treinador no comando da equipe azulina – em 16 jogos, foram 12 vitórias, 3 empates e apenas 1 revés. Apesar disso, o mau resultado no Re-Pa fez com que o treinador começasse a balançar no cargo. Após a partida, o executivo de futebol do clube, Emerson Dias, garantiu o treinador no cargo. Ontem foi a vez do presidente Zeca Pirão vir a público para descartar qualquer mudança neste sentido.

“Não é momento de mudança. Não podemos avaliar o trabalho do Charles Guerreiro por apenas um resultado ruim. Por isso, ele continua 100% no Remo, segue prestigiado. Perdemos um clássico, o que é normal, é um jogo em que qualquer um poderia ganhar. Como disse, não vamos fazer nada de cabeça quente ou decepcionados com o resultado de um jogo. Por isso, ele fica”, decretou Pirão, que ao mesmo tempo revelou ter pedido “mais postura” da comissão técnica, deixando claro alguma insatisfação com a maneira como Guerreiro vem conduzindo o grupo de jogadores.

O mandatário aproveitou a oportunidade para fazer sua análise pessoal do clássico de anteontem. De acordo com ele, o time azulino perdeu “quando podia” no Parazão, diferente do que aconteceu no passado. “Infelizmente o Remo foi apático, não foi a equipe que a gente conhece. No segundo tempo foi melhor, mais compacto, demonstrou mais garra. Em um campeonato, os times sempre acabam errando no início, meio ou fim. Ano passado erramos no meio, perdendo a final do primeiro turno. Nesse ano, erramos no início, quando podíamos errar. Temos que tirar lições disso tudo”, argumentou.

Na entrevista coletiva de Charles Guerreiro, logo após o Re-Pa, o discurso foi de continuidade. Em nenhum momento o treinador comentou nada sobre seu futuro fora do Remo. Apesar das declarações, a situação do treinador dentro do clube não é das mais confortáveis. Ainda no Mangueirão surgiram os primeiros boatos sobre uma possível demissão e até um nome para substituí-lo chegou a ser especulado: Vagner Benazzi.

Por isso, no entendimento de fontes próximas à direção azulina, um revés contra o Gavião Kyikatejê, amanhã, pode complicar ainda mais a vida de Guerreiro no Baenão. Alguns membros da diretoria e até do Conselho Deliberativo do clube acreditam que o técnico atual não teria “bagagem” para dirigir um elenco caro como o que foi montado para esta temporada. Portanto, a contratação de um treinador mais experiente seria a única saída para não correr o risco de ver o Leão Azul fracassar outra vez no Parazão.

Amazônia, 28/01/2014