Policiais militares estiveram cedo nos portões do Baenão e evitaram confronto de torcedores com os jogadores
Policiais militares estiveram cedo nos portões do Baenão e evitaram confronto de torcedores com os jogadores

Depois de sofrer com as hostilidades de alguns de seus próprios torcedores na semana passada, o Remo se preveniu. No retorno a Belém, ontem pela manhã, após a derrota diante do São Francisco, por 3 a 1, domingo, em Santarém, a diretoria montou um forte esquema de segurança, com o apoio da Polícia Militar, para evitar um confronto com a torcida no desembarque da delegação. Apesar disso, cerca de 20 torcedores insatisfeitos com a má fase do time conseguiram realizar um protesto em frente ao Baenão.

A preocupação com possíveis protestos era grande, tanto que a diretoria do Remo requisitou um ônibus para pegar os jogadores na pista do Aeroporto de Val-de-Cães assim que eles descessem do avião, o que ocorreu por volta de 08h10. A ideia era que os atletas não tivessem contato com possíveis manifestações. No entanto, todo esse esforço foi em vão. Não havia nenhum torcedor à espera da equipe no saguão – apenas alguns jornalistas aguardavam a delegação.

Outra medida tomada pelos cartolas azulinos foi a mudança do horário da reapresentação, que inicialmente estava programada para a tarde de ontem e acabou sendo realizada logo pela manhã. Os atletas foram direto do aeroporto para o Baenão, onde fizeram um treino regenerativo.

Mesmo assim, a delegação remista não escapou de ouvir os protestos de um grupo de aproximadamente 20 torcedores que os aguardavam na entrada do Baenão. Xingamentos contra os dirigentes foram ouvidos a todo momento. Entre os jogadores, os principais alvos foram os meias Thiago Galhardo, figura apagada no jogo de domingo, e Ramon, que voltou a sofrer uma lesão muscular e continua fora de combate, além do lateral esquerdo Berg e o atacante Paulista.

Alguns torcedores chegaram a bater com as mãos nos portões laterais do estádio como forma de protesto. Apesar de pacífica, a manifestação foi acompanhada de perto por seguranças contratados pelo clube. A Polícia Militar foi acionada para conter os manifestantes quando se iniciou uma pequena confusão com um dos seguranças, em frente ao portão da Toca do Leão. No entanto, não houve relato de agressão física ou danos ao patrimônio do clube.

Esta é a segunda vez que a torcida do Remo faz um protesto contra o time. Após a derrota no clássico contra o Paysandu, um grupo de torcedores atirou pipoca e galinhas de borracha na entrada da academia particular onde o grupo realizava um treinamento físico. Para hoje, são aguardadas novas manifestações. Por isso, como ocorreu ontem, o treinamento previsto para a manhã deve ser realizado com os portões do estádio fechados aos torcedores.

Amazônia, 26/03/2013