Sérgio Cabeça
Sérgio Cabeça

Depois de perder o título do segundo turno do Parazão, a pressão em cima do presidente Sérgio Cabeça vai se tornando insuportável. Não tendo nenhuma moral para combater as provocações, a diretoria é obrigada ouvir o pedido de saída do poder de toda a nação azulina. É praticamente impossível encontrar um torcedor que deseje o cumprimento do mandato da atual diretoria até 2014. Todos querem eleições diretas já no clube, antes mesmo de novembro do ano que vem, período do novo pleito eleitoral.

Não importa. Sérgio Cabeça já tem traçado seus planos: vai cumprir o mandato. Mesmo com toda a pressão, o que mais motiva o presidente, primeiramente, é o natural poder concedido pelo próprio Estatuto do clube, que o elegeu. Além disso, Cabeça parece que não se aquietará enquanto não deixar sua marca em sua passagem como mandatário máximo do Remo. Lá se vão dois mandatos e o tão sonhado título paraense não vem.

“Tenho uma história no clube desde minha época de atleta (de basquete). Sou o presidente que vem pagando rigorosamente os acordos na Justiça do Trabalho, deixado por vários outros presidentes. Estamos fazendo boas campanhas no futebol mas, infelizmente, falhamos no momento final, não por nossa culpa, mas sim pelos jogadores. Então, acho que ainda tenho muito que fazer pelo glorioso Clube do Remo”, afirma Sérgio Cabeça.

O diretor de futebol, Mauricio Bororó, garante que nenhum diretor tenta convencer Cabeça a abandonar a presidência. “A diretoria é a favor das ‘Diretas Já’ mas, em nenhum momento, tivemos uma conversa para pedir para o presidente Sérgio Cabeça deixar o lugar. Pelo contrário. O momento agora é de união”, contou Bororó.

Na contramão a todos os cartolas, segue a opinião dos torcedores. Com dois fracassos seguidos, os apaixonados pelo Leão não oferecem outra chance para Cabeça se redimir. “Esse senhor tem que entender que o tempo dele no clube já passou. Ele não ganhou nada para a gente. Título de Sub-20, de turno, estádios lotados, isso é muito pouco. Queremos ter uma divisão, um time que ofereça segurança para galgarmos mais séries”, deseja Alexandre Gonçalves, um dos torcedores que protestou na frente da sede do Remo, na última quinta-feira, pedindo a saída dos diretores.

Diário do Pará, 12/05/2013