Adepto do mistério, o técnico Flávio Araújo não pretende divulgar o time antes da preleção que dará na Arena Verde, minutos antes do primeiro jogo da semifinal. Porém, ele vem dando alguns indicativos nos treinamentos do que deve acontecer. Hoje, por exemplo, pode ser o dia “D” para Thiago Galhardo, cuja presença na atividade pode definir a convocação para a partida. Por outro lado, Berg e Zé Antônio estão 90% fora do jogo.
Flávio Araújo quer ver Galhardo no treino técnico da tarde de hoje. A presença do meia – que ontem participou do treino de finalizações e parte do trabalho técnico – na atividade pode garantir sua convocação para o jogo de quinta-feira. Titularidade, porém, é outra estória. “O Thiago Galhardo, se não sentir nada, deve ser convocado para o jogo. Com relação à sua escalação, se vai ser nos onze ou utilizado posteriormente, só definiremos na preleção. Se ele não sentir nada, vai ser convocado”, adianta.
Quem tem prestígio com o comandante a vaga praticamente assegurada é Endy. A obediência tática fez o conceito do jogador crescer na avaliação de Flávio Araújo, que agora vem aproveitando Endy no meio-campo, setor onde começou a jogar. Para Endy é uma preocupação a menos. “O professor vinha me utilizando na ala e vinha dando o máximo marcando, mas jogar onde estou acostumado é mais tranquilo. Vou jogar leve, sem aquele peso se preocupar em fazer besteira. Em Marabá deu tudo certo, fiz uma partida em que pude ajudar bastante o time. Agora é dar sequência se o professor optar por mim. No meio ou na ala”, diz.
A atitude do jogador representa o que o Remo tem de melhor, na opinião do técnico. Para Araújo, o que explica o sucesso azulino na competição é a consciência do grupo em relação ao objetivo que os jogadores buscam alcançar. “Temos um grupo compromissado, isso desde o início enalteço, esse compromisso dos atletas. Todos sabem que estão em um grande clube no cenário do Norte e nacional, que está sem divisão e temos grande oportunidade de colocar o Remo em uma divisão nacional. Isso requer esforço e renúncia. Essa renúncia é o comportamento fora de campo, de acordo com as metas que temos. O grupo todo tem bom comportamento dentro de campo. Isso é o caráter dos jogadores”, disse.
O Liberal, 12/02/2013