Cristino Mendes, diretor jurídico da FPF
Cristino Mendes, diretor jurídico da FPF

Em entrevista na manhã de segunda-feira (10/06), o advogado do torcedor Wendell de Souza Figueiredo, Válber Motta, contou que acrescentará no processo que o vice-presidente da FPF (Federação Paraense de Futebol), José Ângelo Miranda, estava em Belém – e não em Salinas, como o mesmo teria falado – quando foi procurado por um Oficial de Justiça para tratar da busca do Remo por uma vaga na Série D do Brasileiro. Na manhã desta terça-feira (11/06), José Ângelo e o advogado da FPF, Cristino Mendes, rebateram a acusação.

Miranda foi lacônico, dizendo, inclusive, que estava sentindo “cheiro de bandalheira” no caso. “Falaria sobre isto tranquilamente, mas foi decidido na Federação que somente o jurídico iria se pronunciar sobre o assunto”, informou.

Já o advogado Cristino Mendes fez questão de explicar a versão da instituição diante do processo e da causa defendida pelos torcedores do Leão. “Estamos preparando a defesa para tratar deste assunto de forma profissional, ou seja, dentro do processo, de frente a um juiz”, disse Mendes.

Sobre a posição da Federação em relação ao Remo, o advogado fez questão de frisar que “os jogos referentes às competições nacionais só podem ser remarcados ou suspensos pela CBF, assim como os jogos do Parazão são de responsabilidade da FPF”.

“A FPF é uma instituição vinculada à CBF e, neste caso, assim que recebemos, na tarde de ontem, o processo referente à questão da Série D, encaminhamos ao Departamento Jurídico e de Competições da Confederação, que ficou de dar uma resposta. A atitude tomada será da CBF e não passa pela FPF”, frisou.

Nesta tarde, o representante jurídico contou que esteve na Comarca de Ananindeua para falar sobre o assunto. “Fui para explicar que, além de tudo isso que falei antes, a decisão sobre a suspensão da partida do Gênus (RO) contra o Paragominas (no último sábado, 08/06) saiu no final da tarde do dia do jogo. Aliás, encontrei com o Oficial de Justiça na sede social da Assembleia Paraense por volta das 17h e contei a ele que, duas horas antes do início do jogo, só quem poderia suspender a partida era o árbitro. Não tem nada a ver com a FPF”, disse.

Perguntado sobre a decisão do processo, Mendes ressaltou a última linha do documento. “Está lá, em negrito, que a comarca de Ananindeua deveria ter feito uma carta precatória à comarca de Paragominas para que a decisão fosse cumprida no local do jogo, já que a tomada de decisão foi em Ananindeua”, falou.

Apesar disto tudo, o advogado da FPF admitiu que a Série D pode mesmo sofrer uma paralisação. “Ao menos os jogos do Gênus (RO) deverão ser suspensos. O jogo já realizado não poderá ser mexido, mas os posteriores poderão ser suspensos, sim, pela CBF, caso ela julgue necessário para poder elucidar o caso”, declarou.

Enquanto o caso não chega ao final, o Gênus segue com partida marcada contra o Nacional (AM), em Rondônia, com estádio ainda indefinido, às 17h do domingo (07/07), no retorno da competição após a parada para a Copa das Confederações.

Portal ORM, 11/06/2013