Aleílson e Adriano Miranda
Aleílson e Adriano Miranda

O lance em que o atacante Aleílson poderia ter servido seu companheiro de ataque, Adriano Miranda, que estava de cara com o gol escancarado, e levado o Paragominas ao empate diante do Remo, na quarta-feira, já faz parte do passado. É o que garante Miranda. Segundo ele, o lance causou raiva, no momento, mas depois a situação já estava superada.

“Acho que até eu mesmo, estando no lugar do Aleílson, naquele momento, também tentaria fazer o gol. É natural isso. A vontade de ajudar o time algumas vezes acaba atrapalhando”, disse Miranda, que informou que chegou a pedir a bola para o companheiro. “O problema foi que, com todo o barulho dos torcedores, ele não escutou e resolveu arriscar para o gol”, contou.

Jogador criado nas divisões de base do Remo, onde começou no sub-13, Adriano Miranda, cujo currículo conta com passagem pelo futebol da Bulgária, além de Paysandu, Tuna (duas vezes) e Goiatuba (GO), confia na volta por cima do Jacaré na partida de volta contra o Remo, quando as equipes decidirão suas sortes na temporada. O atacante admite que o adversário “tem um time qualificado”, mas ressalta. “Podemos superar as dificuldades jogando com mais aplicação do que a aquela que mostramos na quarta-feira, no primeiro jogo”, ensina Miranda, de 23 anos.

Apesar da confiança, o atacante faz um alerta. “O que não podemos é ir no desespero para o ataque e descuidar da defesa”, orienta. “Temos de ter toda a cautela possível, mas sempre buscando o gol”, diz. A volta dos jogadores Ilaílson e Marquinho, na opinião do atacante, pode significar muito para a equipe. “O Ilaílson tem uma boa pegada na marcação e o Marquinho faz o jogo andar”, justifica.

Com relação ao apoio dos torcedores ao time, após a derrota em Belém, tem sido um fator bastante positivo, segundo Miranda. “O torcedor está ao nosso lado, confiante de que podemos reverter a situação. Não podemos decepcionar esse torcedor, que tanto tem nos ajudado”, pede.

O fato de jogar em casa, segundo o atacante, pode fazer a diferença em favor do Paragominas. “Lá em Belém todo mundo viu o que a torcida do Remo fez. Praticamente lotou o estádio e empurrou o time deles. Agora é a vez da nossa torcida fazer o mesmo aqui em Paragominas”, apela. Como o gramado da Arena Verde não dispõe de uma drenagem eficiente, os jogadores do Jacaré torcem para que não caia chuva na hora da partida. “Quando chove e a gente está jogando na Arena, o time é obrigado a deixar a técnica de lado e partir para a raça”, lembra Miranda.

O Liberal, 05/05/2013