Nem o forte calor e alta umidade de Belém – a cidade vem registrando média de 31°C nas últimas semanas – tem impedido o técnico do Remo, Flávio Araújo, de implantar seu método de trabalho com treinos mais “puxados”. Faça chuva ou faça sol, os jogadores recém-contratados pela diretoria remista não têm tido descanso. Com treinamentos em dois períodos, intercalando atividades físicas e técnicas, o Leão Azul vai se preparando para o Campeonato Paraense de 2013. “Como estamos no início de uma preparação e precisamos aproveitar da melhor maneira possível o pouco tempo antes da estreia no Estadual, eles (atletas) vão sofrer muito nos primeiros dias, com os treinos puxados e diferentes. Exijo muito e depois vai piorar. Eu treino em ritmo de jogo. Trato cada partida como uma decisão”, declarou o novo treinador azulino.
Apesar do rigor nos treinos e do calor, os jogadores aprovaram o trabalho de Flávio Araújo e de sua comissão técnica. Muitos deles, aliás, já estão acostumados com este estilo. “Com o professor Flávio é assim mesmo. Tem que ter merecimento. Tem que ter sacrifício para ter mérito, porque o Paraense não vai ser fácil. Então temos que suar a camisa para conseguirmos o título”, comentou o volante Tony.
Um dos mais exigidos nesta fase inicial de preparação, o atacante Val Barreto conta como faz para superar os treinos e o calor. “Belém é muito quente. A gente tem que se hidratar a todo instante, senão passa mal. Vamos nos acostumando com os testes. Tem que ser assim desde o começo. O campeonato estadual vai ser muito duro. Por isso, temos que treinar bastante para chegarmos bem nos jogos”, afirmou o jogador.
Além dos treinos físicos, Flávio Araújo já observa também a parte técnica dos atletas. A partir desta semana, ele vai aproveitar os treinos vespertinos para trabalhar alguns fundamentos importantes, como a troca de passes, os chutes a gol e o posicionamento em campo, como ocorreu na segunda-feira passada. Uma medida acertada, na opinião de Val Barreto: “É um trabalho importante, até porque alguns jogadores estavam algum tempo parados e perdem a noção do posicionamento dentro da área. Para mim, que sou centroavante, é um trabalho muito bom”.
O Liberal, 12/12/2012