Fábio Bentes
Fábio Bentes

Fábio Bentes precisará de muita criatividade, paciência, ajuda e sorte para enfrentar o primeiro ano de gestão no Remo. O cenário é possivelmente o pior já encarado por um presidente do clube nos últimos 20 anos. Como já é praxe, não há dinheiro em caixa, mas sobram encargos e dívidas vencidas desde a administração passada.

Aos poucos, como revelou em entrevistas recentes, Bentes foi confrontado com a dura realidade: bloqueios quase intermináveis de todas as fontes de recursos do clube. As fases iniciais da Copa do Brasil estão desde já com as cotas suspensas para o Remo, bem como os recursos oriundos dos patrocínios de Funtelpa e Banpará, referentes ao Campeonato Estadual.

Há, ainda, o acordo celebrado com a Justiça do Trabalho que tira 30% das arrecadações do clube a cada jogo, a fim de pagar ações ajuizadas na esfera trabalhista. Por último, a cobrança da dívida contraída com o Palmeiras (SP) pelo empréstimo do lateral Matheus Müller, em 2015, acaba de aterrissar na mesa de Bentes, via comunicado da Justiça de São Paulo.

Além dos enroscos trabalhistas, o Remo terá em algum momento que enfrentar os litígios na área cível, pois muitos antigos colaboradores alegam ter valores – expressivos, em alguns casos – a receber e nada garante que a cobrança não chegue nas próximas semanas.

Historicamente, a principal fonte de problemas para as gestões azulinas é a questão trabalhista. Desde que Ronaldo Passarinho, comandando o Departamento Jurídico do clube, conseguiu a façanha de baixar de R$ 14 milhões para menos de R$ 5 milhões o quantitativo devido à Justiça do Trabalho, o Remo só fez reincidir em acordos mal costurados e descumpridos seguidamente.

A última má notícia foi a decisão judicial que deu ganho de causa ao lateral-direito Levy, acrescentando mais R$ 500 mil às pendências trabalhistas. Patrocínios do Parazão são costumeiramente bloqueados em favor da execução centralizada de dívidas trabalhistas no Projeto Conciliar.

Para 2019, Bentes vai arcar com o bloqueio recente das cotas da Copa do Brasil, decretado por causa da inadimplência no pagamento de novas parcelas do acordo. Por isso tudo, o novo presidente terá que fazer um esforço gigantesco para controlar as contas, impedindo novas dívidas e tomando um cuidado especial quanto ao cumprimento de acordos firmados em sua gestão.

O empenho em buscar parceiros tem sido razoavelmente bem sucedido, embora esbarre sempre na desconfiança que a iniciativa privada nutre em relação ao futebol de maneira geral e, em particular, a clubes que se notabilizam pela dificuldade em honrar compromissos.

Blog do Gerson Nogueira, 16/12/2018

7 COMENTÁRIOS

  1. Assim fica muito difícil para sobreviver. Infelizmente o Remo nos últimos tempos foi comandado por verdadeiros bandidos,que saquearam o clube. Eles tem que ser responsabilizados por esta situação.

  2. O André quando era candidato dizia que o Remo movimentava cerca de 18 milhões (receita de jogos, lojas e etc), agora que é presidente o discurso mudou, o Remo esta quebrado, vejo isso como desculpa esfarrapada, todo sabe quando um presidente sai ele não deixa dinheiro para o outro que chega, o novo presidente já tem que vim com plano financeira para suprir essa necessidade se não tem esse plano não se meta no clube, como diz o Bad boy, lisos abandonem o futebol.

  3. Quem pode tirar o Remo dessa situação tem nome e sobrenome: Torcedor Azulino!!! Mas a maioria da torcida acredita como o Pedro que todo anos sobra dinheiro,e quem tem que dar jeito é a diretoria, chegando a dizer que é “desculpa esfarrapada”. Ora, as dívida existem, oriundas de anos de má gestão que acredito que começou muito antes de até nos tornarmos torcedores, antigamente contratavam e não pagavam, aconteceu que algumas mudanças nas leis que regem os negócios no Futebol, obrigou os clubes a pagarem sob pena de sanções terríveis. Aí veio a realidade, não dá pra contratar e descontratar jogador como se fazia antes, eles entram na justiça e ganham, porque quem trabalha tem que receber e contratos devem ser cumpridos. Não há mágica, tem que ter dinheiro. Muita mais do que dá nas rendas…O Baenão está aí, fizeram camisa para angariar fundos pra ele ser terminado, mas a adesão foi baixo, não vai ter dinheiro pra terminar (acredito) e mais dívidas surgirão (com a empresa contratada). Repito, a menos que um milionário árabe, russo, seja lá de onde for, compre o Remo, quem pode salvar o clube é a torcida.

  4. O presidente Bentes, disse que se ganhasse a eleição para presidente do Remo, já estava engatilhado uma empresa que faria o restante do Baenão, ele ganhou, onde está a empresa? Esses presidente lisos não São capazes nem de organizar multirões pra arrecadar material e mão de obra, o Baenão está melhor Graças a um grupo de torcedores, o remo sempre estará individado enquanto pagar pra jogar, enquanto tiver presidentes lisos e mentirosos e sem influência.

  5. Pow .. jogar pedra e fácil .. mas 90% da galera q opina de maneira contraria .. e a mesma q nunca colaborou com pelo menos 1 real pra ajudar nas obras …. Ai eu digo.. Seus bacanas do futebol ja q Vcs são bons pra apontar o dedo na cara das pessoas,, mostrem soluções.. contribuem com as obras em vez de ficar cornetando o trabalho alheio.. Vistam a camisa e ajudem de maneira concreta as obras no nosso Amado Baenao.. Parecem mulher de vila.. vivem falando da vida alheia.. façam a Diferença… ok

  6. O Remo tem que ser passado a limpo há muito tempo, ja passou do prazo. Presidente abra a caixa preta desse time e cristaline o que encontrar por la, conosco, torcedores azulinos, ate porque somos nos que apesar de tudo, de promessas vans, ainda acreditamos nesse time, somos nos torcedores azulinos que nunca abandonamos essa agremiação centenária. Então Presidente, ouça a voz da razão, nesse caso, nós torcedores e tera uma boa gerência, caso contrário , afundará também como seus antecessores.

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