Marco Antônio Pina, o
Marco Antônio Pina, o "Magnata"

Entre os postulantes à presidência do Clube do Remo, os perfis dos pré-candidatos ao pleito de novembro próximo têm se mostrado dos mais variados possíveis: de ex-dirigentes à marinheiros de primeira viagem e colaboradores.

Para a continuidade da série de reportagens com os aspirantes ao posto máximo do Conselho Diretor (Codir), o personagem deste domingo (23/09), por sua vez, engloba todas essas características.

O advogado Marco Antonio Pina, mais conhecido como “Magnata”, de 41 anos, já atuou em diversas áreas do Leão.

Magnata já foi diretor de futebol, diretor de estádio, diretor jurídico e vice-presidente em quase 20 anos de ligação direta com o Remo. Porém, essa é a primeira vez que tentará uma chance para assumir o Leão de maneira máxima, já que nas eleições passadas até esboçou o desejo, mas parou no meio do caminho, retirando sua candidatura.

Mais experiente administrativamente e ligado ao futebol, de acordo com Pina, diferentemente dos seus concorrentes, caso seja eleito, focará exclusivamente em duas vertentes: o apoio ao futebol de base e a reabertura do estádio Evandro Almeida, o Baenão, pilares fundamentais para o desenvolvimento produtivo do futebol profissional e departamentos financeiro, de marketing entre outros.

Com várias chapas na disputa e diversas propostas entre os concorrentes, Marco Antônio Pina explica sua motivação.

“Conheço o Remo. Tenho 17 anos de sócio-proprietário e mais de 10 prestados em diversas áreas. Sei como o Remo funciona, não caí aqui de paraquedas. Para tudo é preciso gerência e capital. Tenho em mente em que trabalhar e já me reuni com vários empresários. Tenho um projeto realista e que irei cumprir, caso eleito no dia 10/11”, assegurou.

Os planos do pré-candidato

Futebol profissional

Sem dúvida, é o carro-chefe do clube. Penso que, no caso dessa comissão autônoma criada, é um modelo que para o Remo, hoje, vejo como ideal. São 3 ou 4 cabeças pensantes com autonomia, coisa que não tive na função, ano passado. No futebol é simples: potencializar o acerto nas contratações, para nao ser uma enxurrada de jogadores. Como? Focar em etapas: jogadores de fora terão um teto de, no máximo, 10 profissionais. O restante será da base e locais. Com isso, teremos controle para não atrasar salários, que não é um monstro. Para isso, daremos continuidade e suporte, além de políticas estruturais para uma autonomia nessa área, que é necessária para o Remo. Claro, com o respaldo do (técnico) Netão.

Contratações

Desse mercado de futebol, conheço um pouco. Logicamente que não estou parado, já fiz alguns contatos, algumas coisas engatilhadas, um banco de dados. Peneiramos atletas de Série B e, principalmente, de Série C, que são mais em conta, até porque o clube não pode fazer loucura. Um dos pilares será o futebol de base, onde investirei pesado. De 30% a 40% do plantel será da base. O restante é complementar. A atual diretoria está deixando uma base de 10 a 12 atletas e isso é muito importante a se destacar, porque não encontramos isso. Jogadores da base, locais e contratações pontuais de fora irão compor o elenco.

Marketing

O marketing é fundamental em qualquer lugar e no Remo é mais ainda, porque passa a ser uma fonte de receita. Por não saber o valor da sua marca, infelizmente, o Remo não tem acertado nessa área. Então, minha ideia é formar um grupo forte, de gente competente que sei que tem na nossa região, para que possa auferir receitas, porque nesse modelo atual não frutifica, não rende. É buscar profissionais para impulsionar a nossa marca fora de campo e dentro do Estado. Expandir lojas é uma das nossas ambições iniciais.

Sócio-torcedor

Culturalmente, o sócio-torcedor só paga a mensalidade e participa ativamente quando o Remo está participando de alguma competição e, detalhe: quando o time está bem. Associar apenas nisso é muito temeroso, tanto que estamos com pouco mais de 1,5 mil adimplentes, o que é natural. Vamos fazer uma campanha de conscientização, para que o sócio consiga pagar mensalmente o valor e aumentar as vantagens, com uma programação social, musical, na nossa sede. Atraí-los como um sócio-proprietário. Desmembrar dos estádios.

Patrimônio

Nos últimos 10 anos, o patrimônio do clube, ao invés de evoluir, regrediu. Perdemos a sede campestre em Benfica por uma besteira. Penso que a sede social é o centro. Por isso, ela precisa passar por uma revitalização. Temos uma sede localizada no coração de Belém, para não ser aproveitada é uma covardia. O sócio não tem uma academia, uma programação cultural atrativa para criança, jovem e idoso. O projeto é esse: dar esse volume de atividade ao sócio, fora o restaurante, que é um desejo também. A náutica também é localizada em um ponto estratégico, uma parte histórica da cidade. Ela não está largada, mas pode render muito mais, como por exemplo, um bar temático. A área é propícia, à beira do rio, e nós, paraenses, gostamos disso. Com programações aos finais de semana, para criar uma nova fonte de arrecadação.

Financeiro

O financeiro é o coração do clube. A gente não pode pensar em uma gestão sem antes saber da real situação do clube. Por isso que sou adepto de uma auditoria séria, comprometida e com transparência. Não é “caça às bruxas”, não quero perseguir ninguém, mas o Remo precisa ser passado a limpo. O próximo presidente precisa saber disso. Qual o ativo, o passivo. Reconheço que houve um avanço com os atuais diretores, mas ainda precisa evoluir no quesito transparência e, fundamentalmente, prestação de contas. O Remo faz dinheiro, todo mundo sabe, agora precisamos cuidar, gerir e controlar esse dinheiro.

Reforma do Baenão

Esse é um dos pilares da minha campanha e que será, também, da minha gestão. Repito: o Baenão é nosso RG, a identidade do azulino. Como um clube centenário e que possui mais de R$ 100 milhões em patrimônio, com a força que tem, não pode ficar sem o estádio. É preciso um investimento pesado de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões para ser reaberto na sua plenitude. Não adianta abrir parcialmente para amistosos, treinos. É um valor alto, mas não é nada demais. Ando postando modelos de estádios, mas que é muito viável. Mantenho contato com investidores, dos quais muitos são remistas, do ramo da construção. Eles só querem a contrapartida, o retorno. Não tem mistério: um jogo com 15 mil pessoas a R$ 50, só de renda é R$ 750 mil. Tirando as despesas, ficamos com R$ 500 mil limpo para o Remo. Com 6 a 7 jogos, tiramos o investimento e passamos a lucrar. É coisa viável. O Remo só passará a ser competitivo com o Baenão.

Futebol de base

A base tem que ter uma estrutura mínima. Estive visitando uma área no Tenoné, próximo à Icoaraci, com 2 campos tamanho Fifa, 2 médios e 2 pequenos. É ideal para um Centro de Treinamento. Já contatei o (técnico) Walter Lima, que atuou no Remo e deu grandes frutos. Juntos, daremos inicio no contato de profissionais essenciais, como psicólogo, assistente social, fisioterapeuta, para que a gente posa formar um atleta e que tenha retorno. Hoje, mesmo sem estrutura, o Remo ainda consegue negociar e revelar, imagine com uma gama de profissionais.

Esportes olímpicos

Até reuni com uma pessoa muito ligada aos esportes olímpicos. O Remo é forte no futsal, no basquete, no vôlei. Já teve até atleta na Seleção Brasileira, mas o que falta é visibilidade. Por que a Shouse, com todo o respeito, disputa uma Liga A de futsal e o Remo não? Então, um investimento e autonomia. Vamos viabilizar isso com parceiros e investidores.

Diário do Pará, 23/09/2018

5 COMENTÁRIOS

  1. Vcs sao uma piada mesmo… Primeira vez q ele está se candidatando??? Esta reportagem foi feita pelo estágiario foi???

    Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk e no pleito passado q ele entrou e abandonou p ajudar a múmia do sarcófago predileto dele….

    Meu voto não terá com toda certeza!

  2. Só blá blá blá blá bando de liso e amador que não fez nada pelo clube quando tava aí os verdadeiros remistas que estão fazendo com pouco que e doado pela torcida é a comissão do projeto retorno do rei ao baenao essa comissão que tem que assumir o remo.

  3. Esse não fez nada quando o tecnico Josué Teixeira trouxe aqueles jogadores bomba pro Remo ele foi omisso agora diz que vai fazer tú é doido.

  4. Ele só vai reabrir o baenão quando conseguir de 2 a 3 milhões de reais. Esse já está eliminado, precisamos de presidente que coloquem os Remista de verdade que estão batalhando no projeto retorno do Rei como diretores do baenão. Esses sim podemos confiar que vai dá retorno para o estádio e para os remistas.

    • O pessoal do projeto “Retorno do Rei”, que até agora goza de prestígio e confiança junto a torcida azulina, tem orçado que a conclusão das obras custaria em torno de R$ 700 mil, incluindo refletores (a parte mais cara). Como é que o candidato chega a esse valor de R$ 3 milhões?

Comments are closed.