Assoremo
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A Associação de Sócios do Remo (Assoremo) divulgou nota de repúdio ao presidente do Conselho Deliberativo (Condel) do Clube do Remo, Manoel Ribeiro, por ter destratado parte da diretoria da entidade na última reunião do órgão máximo do clube, ocorrida na última segunda-feira (29/04).

A nota diz que ao término da reunião do Condel, por volta das 22h30, Ribeiro afirmou: “Tem uma carta aqui de uma tal de Assoremo, que não sei o que é e nem para que serve, que vou indeferir”.

A declaração gerou revolta em alguns membros da Assoremo, que pediram a palavra para explicar aos conselheiros o teor do documento protocolado ao Condel. A atitude foi revidada por Manoel Ribeiro, segundo a nota da Assoremo, com a seguinte declaração: “Calem suas bocas, vocês não podem falar aqui (…) Não vou dar resposta a carta nenhuma e ponto final!”.

Segundo revelou o presidente da Assoremo, Thiago Passos, o documento pede à diretoria azulina a prestação de contas do ano 2012 e do primeiro trimestre de 2013; as atas das últimas 30 reuniões ao Condel, a fim de revelar os conselheiros faltosos, para que estes sejam substituídos – se o número for maior que 50%, pode ser convocada eleições antecipadas do órgão -; e a convocação da reunião da Assembleia Geral de sócios que irá votar o novo estatuto do Remo.

Thiago Passos também avaliou a postura do presidente do Condel remista como de alguém que tem medo de perder o poder no clube e disse que a Assoremo poderá reivindicar na Justiça a publicidade dos documentos pedidos ao Codir (Conselho Diretor) e Condel.

“Tenho certeza que a postura dele reflete um insofismável receio de quem está sentindo a perda do poder, o final de um ciclo que jamais imaginava que pudesse ter fim. Mesmo assim, manteremos uma postura firme e enérgica. No dia 06/05 finda o prazo para termos uma resposta do requerimento. Depois disso, ingressaremos na Justiça em busca das respostas que necessitamos”, explicou.

Procurado, o presidente do Condel do Remo, Manoel Ribeiro, afirmou que as afirmações feitas pela Assoremo não ocorreram e que a entidade solicitou os documentos para a pessoa errada. “Não sei quem são eles (Assoremo). Foram apenas uns dois ou três vagabundos que quiseram tumultuar a reunião. Além disso, eles querem que eu entregue as atas de reunião e isso não posso fazer. Só quem pode entregar documentos do Remo é o presidente Sergio Cabeça”, alegou Ribeiro.

O dirigente máximo do Condel azulino também questionou o fato de o Remo ter uma associação de sócios. “O Remo já é uma associação de pessoas, não entendo porque fazer uma entidade de sócios, sinceramente”, desabafou.

Perguntado se questionava a legitimidade da Assoremo, Manoel Ribeiro afirmou: “Cada um tem direito de fazer o que quiser, não questiono nada. Depois eles vão fazer outro time de futebol, de vôlei e de basquete e vão disputar as competições”, disse.

A tão sonhada assembleia geral dos sócios do Remo que vai votar o novo estatuto do clube ainda não tem data marcada. Porém, segundo Ribeiro, deve ocorrer no mês de julho. “Ainda falta alguns artigos para finalizar a proposta de texto do novo estatuto, o que devemos fazer na próxima reunião do Condel (que ainda não tem data marcada). Depois disso vamos imprimir o documento e convocar a assembleia geral para julho”, revelou.

Diário Online, 02/05/2013