Um dos maiores desafios do próximo presidente remista é solucionar o passivo trabalhista do clube. As informações apresentadas pelo vice-presidente jurídido, Ronaldo Passarinho, na reunião do Coselho Deliberativo da última terça-feira, dão conta de que o débito com a Justiça do Trabalho foi diminuído em quase R$ 3,5 milhões de 2011 para cá, graças às negociações conduzidas pelo dirigente e sua equipe de advogados. No entanto, a dívida permanece alta. Um total aproximado de R$ 4,4 milhões.
O presidente Sérgio Cabeça, que promete zerar este débito nos próximos dois anos, destacou que todos os acordos feitos com os credores individuais e com a própria Justiça Trabalhista estão sendo cumpridos religiosamente. “Hoje o Remo tem credibilidade. Por isso, a Justiça concordou em fazer um acordo. Reduzimos a dívida quase que pela metade e, assim, não precisaremos alienar nenhum patrimônio para pagar o que ainda devemos”, ressaltou.
A proposta de Roberto Macedo é administrar o passivo de forma separada. “Vamos montar um grupo de especialistas na área financeira, inclusive com a participação de bancários, para administrador esse débito. Precisamos fazer um esforço para evitar que esta dívida continue a estrangular o clube, impedindo investimentos em outras áreas importantes do clube”, disse.
A principal crítica do candidato de oposição à atual administração é em relação à falta de profissionalização do clube. Segundo ele, a folha salarial passou em muito do orçamento definido para 2012, gerando novas dívidas com jogadores e treinadores, além do atraso no pagamento dos salários dos demais funcionários. “Foram contratados quase 60 jogadores durante o ano e isso provocou o atraso no pagamento de salários dos nossos funcionários, que em alguns casos já chega a cinco meses”, argumenta o médico Roberto Macedo.
O Liberal, 02/12/2012