Segundo volante de formação, mas com habilidades de meia-armador, Jaderson foi o maior destaque do Remo na campanha do acesso em 2024, mas não conseguiu se firmar na equipe titular na Série B.
Depois de sofrer contusão grave no primeiro Re-Pa da decisão do Campeonato Paraense, permaneceu longe dos gramados por mais de um mês, o que comprometeu seu rendimento no retorno ao time.
Ocorre que Jaderson costuma ter participação intensa nas partidas e precisa de liberdade para transitar entre uma área e outra – um dos raros jogadores capazes de fazer isso no elenco atual.
Preso às determinações de António Oliveira, com quem trabalhou no Atlhetico (PR), ele não tem tido chance de colocar em prática suas principais qualidades.
A capacidade de sair rapidamente de uma situação defensiva para a articulação ofensiva, característica de Jaderson, fica travada pelas obrigações de recompor pelos lados. Foi o que aconteceu contra o Vila Nova (GO), quando precisou fazer a “escolta” do lateral-esquerdo Sávio.
Disciplinado taticamente, Jaderson precisou se sacrificar para cobrir um setor enfraquecido pelo mau rendimento do companheiro. Ironicamente, foi um dos primeiros a ser substituído na segunda etapa, enquanto o causador do problema seguiu em campo – e jogando muito mal.
É fundamental que, nos próximos e decisivos jogos do Remo, Oliveira encontre espaço ou dê liberdade para Jaderson fazer o que sabe, que é ajudar na marcação, sem deixar de contribuir com a armação de jogadas.
Blog do Gerson Nogueira, 18/09/2025