Dizer que o gol sofrido pelos azulinos foi culpa única e exclusiva dos zagueiros seria até injusto, perante a brecha que os demais jogadores do sistema deixaram na entrada da grande área.
Com 4 atletas na linha da área, o lateral-direito Paulinho 47 se livrou da marcação e levantou a bola em direção a meta do goleiro Fabiano. Os volantes, ao invés de retornarem, ao menos para atrapalhar a bola, saíram, deixando na “fogueira” o execrado Raphael Andrade e o garoto Igor João.
O gol mexeu seriamente com o rendimento de Raphael. A partir daí, o jogador experiente passou a ser vaiado e acabou saindo de campo machucado, substituído pelo garoto Yan.
“O jogo foi difícil. Me preocupei muito, mais do que vou me preocupar domingo (29/03), que é mais superação. Vamos corrigir esses erros e ganhar confiança para o clássico. São 3 dias até lá”, declara Yan.
O problema é recorrente. Jogos atrás, o zagueiro Ciro Sena foi enfático ao isentar somente a zaga pelas culpas de gols sofridos. É verdade. Felipe Macena não tem feito boas exibições, mas ainda assim continua ganhando espaço.
O técnico Zé Teodoro, por outro lado, acredita que o vacilo acontece por falhas isoladas, que pegam a defesa de surpresa e acabam em gol.
“Às vezes não dá tempo de trabalhar. São muitos jogos em sequência, os meninos não têm tempo de descansar e treinar direto. Existem também mudanças de jogadores. Tudo isso faz com que tenhamos que modificar no decorrer dos jogos. Só viajamos e jogamos. É preciso descansar, alimentar, recuperar e colocar em campo”, afirma o técnico, que tem os jogadores Dadá, Ilaílson e Eduardo Ramos “pendurados” com 2 cartões amarelos.
Diário do Pará, 27/03/2015
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