Fernando Henrique
Fernando Henrique

Antes mesmo do início da Série D, os jogadores do Clube do Remo já sabiam que a infraestrutura não era um dos pontos fortes da competição. Estádios humildes e gramados ruins já estavam previstos, mas após o sorteio do grupo A1, houve a crença de que os campos castigados seriam problema apenas em Roraima e Rondônia, visto que os estádios do Amazonas (Arena da Amazônia) e do Acre (Arena da Floresta) são conhecidos pelas boas condições, o que não se confirmou.

A punição na Justiça Desportiva com 3 mandos de campo fora de Belém, colocou o Remo no rol de clubes que vão receber jogos em gramados péssimos. Afinal, o que a Arena Verde tem de aconchegante, tem de gramado ruim.

Restam ainda 2 jogos em Paragominas e não há mais o que fazer. Para os jogadores, o gramado será mais um obstáculo a ser superado, mas não deve ser usado como desculpa para possíveis tropeços.

“Campos ruins serão uma constante nesta competição e isso prejudica, mas sabíamos que seria assim e não podemos colocar a culpa nisso. Estamos preparados”, ponderou Fernando Henrique, que ressalta ainda que gramados assim são sempre mais perigosos para o goleiro.

“Para o goleiro é pior do que para o pessoal de linha. Um chute despretensioso pode desviar e entrar. São 200% de atenção sempre. Nós treinamos bolas assim, desviadas. Aprendi que quando se trabalha com este nível de atenção, você pode errar, mas a tendência é de acertar mais vezes. Nesses campos ruins a gente fica até mais atento por causa disso”, comentou.

Experiente, ele lembra que nem tudo é negativo neste tipo de gramado. “O gramado, quando é ruim, favorece o lado defensivo, porque dificulta o trabalho dos jogadores mais técnicos. Posse de bola, jogadas individuais, tudo isso fica prejudicado. Teremos que aproveitar isso, porque os nossos dois próximos jogos serão lá (Paragominas), então termos que ganhar e classificar bem”, concluiu.

Amazônia, 29/07/2015