Remo 3×1 Goiás-GO (Giovanni Pavani, Pedro Rocha e João Pedro) – Foto: Fernando Torres
Remo 3×1 Goiás-GO (Giovanni Pavani, Pedro Rocha e João Pedro) – Foto: Fernando Torres

A temporada mal terminou e o Remo já vive uma corrida contra o tempo. Depois de conquistar o acesso histórico à Série A após 32 anos, o clube se depara com outro desafio imediato – o novo calendário do futebol brasileiro.

A CBF mudou o calendário nacional, antecipando o início do Brasileirão para 28/01. Na prática, deixou o Leão com pouco mais de 60 dias para reformular seu elenco, definir renovações, saídas e novas contratações para chegar competitivo à elite.

O modelo antigo, que empurrava o início da Série A para abril, dava aos clubes mais margem para pré-temporada e ajustes. Agora, não! Com o calendário enxuto, interrupções menores e Estaduais reduzidos, o Remo precisará acelerar processos que normalmente se arrastavam por meses.

A comissão técnica já recebeu um planejamento preliminar e trabalha em sintonia com o Departamento de Futebol para que os primeiros reforços desembarquem ainda em dezembro.

Além da questão esportiva, há desafios estruturais. O clube terá uma janela curta para avaliações, exames médicos, pré-temporada e ajustes físicos e táticos.

A própria montagem do elenco precisa considerar o novo perfil de exigência da Série A, com viagens mais longas, semanas com menor tempo de recuperação e adversários de alto investimento.

Outro ponto que mobiliza os bastidores é a adaptação ao ritmo da elite. Com a Série A começando em janeiro, as primeiras rodadas costumam pegar os times ainda “frios”. A diretoria remista avalia ampliar o período de treinos antes da virada do ano e antecipar retornos das férias para minimizar o impacto do início precoce.

A logística também entra no radar. O Remo terá pela frente deslocamentos maiores, jogos em sequência e um calendário que praticamente elimina períodos de pausa.

A preparação física será tratada como prioridade e as primeiras semanas da pré-temporada devem ter carga maior justamente para preparar o elenco para enfrentar janeiro como se fosse abril.

Internamente, o discurso é de urgência, mas sem atropelos. A diretoria sabe que precisa montar um elenco competitivo, mas com cautela para não repetir erros de outros clubes do futebol brasileiro, quando reforços chegaram às pressas e não renderam. A ideia é equilibrar a manutenção de uma base vitoriosa com contratação de peças experientes em Série A.

O Liberal.com, 24/11/2025

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