Depois de um domingo de folga, o elenco do Clube do Remo volta aos treinos nesta segunda-feira (01/09), já visando o próximo compromisso pela Série B do Campeonato Brasileiro.
Na sexta-feira (05/09), em Manaus (AM), o Leão encara o Amazonas (AM), em jogo válido pela 25ª rodada da competição. Mesmo ainda estando em uma situação relativamente confortável dentro da tabela de classificação, o jogo tem um caráter de sobrevivência, seja para a manutenção da briga pelo acesso à Série A do ano que vem ou até para a continuidade do trabalho da comissão técnica encabeçada, até aqui, por António Oliveira, que tem sido muito contestado por causa da campanha até aqui.
Desde que assumiu o Leão, o time deixou de lutar pelo G4 para se firmar em uma posição mais abaixo da tabela, praticamente intermediária. Após a derrota em casa para o Criciúma (SC), curiosamente, em um dia que o Remo teve um bom desempenho, pecando apenas nas finalizações, o nome do português chegou a ser dado como certo como demitido.
Vários portais chegaram a cravar a notícia de que ele já tinha sido mandado embora. No entanto, Oliveira continuou comandando o treino na sexta-feira (29/08) e estará nesta segunda-feira (01/09) no Baenão. Ainda assim, para muitos, pode ser uma despedida.
Entre as especulações quanto a permanência do treinador estaria o não consenso quanto a forma de demissão. Para vir a Belém, Oliveira teria aceitado uma diminuição de salário no Remo e, entre os acordados, estaria o pagamento de 2 salários extras à vista em caso de demissão, o que o clube azulino não conseguiria fazer agora – mas que pode ser mudado diante da negociação do atacante Matheus Davó com um clube israelense.
Neste domingo (31/08), através das redes sociais, o Remo confirmou a saída do jogador, sem mencionar o destino dele.
Comentários dão conta também de que um outro treinador já teria se contatado e acertado a sua vinda, dependendo – obviamente – do distrato com o atual. Porém, nada disso é confirmado, nada disso é oficial. Por enquanto, o Remo segue o mesmo que vem disputando a Série B.
O executivo de futebol Marcos Braz, em entrevista divulgada pelo canal oficial do clube no Youtube, comentou sobre a situação azulina e sobre uma possível troca de comando, deixando claro que tudo que será feito será em prol do Remo.
“Quem trabalha em clube de massa tem que estar acostumado com pressão, tem que suportar pressão. Isso não quer dizer que você esteja querendo afrontar qualquer tipo de situação, somente você tem que estar acostumado a algumas demandas que são diferentes em clubes que não tem torcida”, disse.
“Tenho noção exata do tamanho e da responsabilidade que é trabalhar no Remo”, garantiu.
O executivo fez questão de deixar bem claro que sabe a diferença entre as amizades que cultivou no meio do futebol e o lado profissional que seu cargo exige.
“Tenho amizade com Jorge Jesus, Vitor Pereira e com outros 300 treinadores profissionais. Uns que saíram, outros que demiti. Assim, esse aqui tenho uma boa relação, como tenho com tantos outros que demiti”, falou.
“Deixar claro que meu comprometimento é com o Remo e com minha história no futebol. Não vou botar nenhuma relação para botar em jogo minha história no futebol”, completou.
O dirigente comentou ainda sobre as críticas que vem recebendo por parte da torcida e da imprensa.
“Não tem problema nenhum para mim, não me tira o sono um segundo. O que me tira o sono é a crítica responsável, é a crítica construtiva, porque essa é crítica”, afirmou.
Com a última janela de transferências do ano se encerrando nesta terça-feira (02/09), Braz disse que o clube não está parado e segue em busca de reforços.
“O Remo ainda está no mercado trazendo jogadores, jogadores de vários lugares. Se estou trazendo até jogador já, lógico, aí já tem que ser um custo mais baixo, para que a gente já esteja aqui para o ano que vem, seja lá qual for a Série, principalmente sendo jogador que esteja apto a estar em uma Série A, defendendo a camisa do Remo ou não, mas assim, já estou ajustando em relação a isso, pensando no futuro”.
“Não posso abdicar do futuro, não posso abdicar desse tempo aqui. A gente tem que ser chato nisso. Para a gente mostrar o que está sendo feito aqui, de estrutura, de obra, de muita situação e, principalmente, o comprometimento da diretoria para resolver a parte de certidão do clube (formador), que isso vai ser divisor de águas na história do Remo”, encerrou.
Diário do Pará, 01/09/2025
