Atual diretor executivo do Clube do Remo, Marcos Braz foi o convidado do programa F-Show desta quarta-feira (22/10), da ESPN Brasil. No Remo desde maio deste ano para ocupar a vaga de Sérgio Papellin, que aceitou o convite para retornar ao Fortaleza (CE), o dirigente tem sido o principal nome do futebol azulino na atualidade.
Na 4ª colocação da Série B do Campeonato Brasileiro, com 54 pontos, apenas 3 abaixo do líder Coritiba (PR), restando apenas 5 rodadas para o fim da competição, o Leão visa diretamente a possibilidade de acesso à Série A em 2026. Vale destacar que a última vez que o Remo disputou a elite nacional foi em 1994.
Ao longo de toda a entrevista, que também teve assuntos direcionados ao Flamengo (RJ), Marcos Braz falou de forma bem clara e objetiva com relação a parte estrutural da equipe, de como ele recebeu o clube e como também esperar deixar após o término do seu contrato, que vai até o dia 31/12. Ainda assim, Braz não pensa em deixar o Leão, tanto que já mira atenções no planejamento para 2026.
Confira os pontos principais da entrevista do executivo na ESPN:
Tempo de contrato no Remo
A relação que tenho com o Flamengo (RJ) é uma relação de vida, mas nunca pensei nisso nesse momento. Penso em ficar aqui no Pará. Meu contrato vai até dia 31/12, mas independente de qualquer Série, vou fazer meu trabalho para entregar um Remo ainda melhor que recebi. Vim para cá com 2 pessoas – Cadu Furtado e Daniel Dambrós – que estão contribuindo e me ajudando muito. Então vou discutir com eles e com as pessoas que me trouxeram para cá, mas não me vejo, nesse momento, em sair do Remo.
Estrutura
Aqui no Norte tem suas peculiaridades. O Remo é um clube de massa, que pressiona, mas a maior dificuldade é a parte estrutural. Quando saio de um clube que é a potência do Flamengo (RJ) e venho para outro clube, que é popular, de pressão e está com dificuldades a conquistar em bastante tempo, mesmo sendo campeão paraense, você redimensiona as adaptações no dia-a-dia.
Baenão
A gente vem, dentro do futebol, estruturando pelo menos para a Série que a gente está. Gosto muito de jogar no Baenão, sei das dificuldades de jogar lá e também sei que o impacto financeiro é enorme. É na veia do clube, mas tratei com pessoas ligadas ao clube, tratando da importância desportiva para que a gente fosse para lá. Existem momentos, decisões, que precisam ser mais curtos, ainda mais que faltam 5 jogos finais para que a gente possa ter o sonho do acesso.
Série B de 2025
Nos últimos 18 anos, foram 8 Séries C, 4 Séries D, 3 anos sem Série, e esse resultado, mesmo que o Remo não suba, será o melhor resultado em 18 anos. Acho que é importante pontuar esse esforço da diretoria, do presidente Tonhão, de todas as pessoas que conseguiram e estão querendo botar o Remo em um novo rumo.
Possibilidade de acesso
Já tenho um pouco do calendário do ano que vem na cabeça. A Série A começa em janeiro e a Série B perto de março. Isso não tem nada a ver estar antecipando os fatos, comemorando qualquer tipo de situação, tenho consciência disso. Até falo disso no vestiário, que 5 vitórias não colocam a gente em nenhuma página da história do Remo. O que coloca é acesso e lutar para ser campeão.
Projeção de elenco na Série A
Caso a gente consiga o acesso à Série A, vamos ter que fazer trabalhos aqui a toque de caixa. Já falei aos meus familiares que se por um acaso, o Remo subir para a Série A, vou passar o Natal e, muito provavelmente, o Reveillon aqui em Belém, porque não dá para sair daqui e não dá para montar um time de Série A em 20 a 25 dias, que é o que vou ter para o time se apresentar até o dia 02/01 ou 03/01.
Diário Online, 22/10/2025