O técnico Guto Ferreira amargou sua 1ª derrota pelo Remo na penúltima rodada da Série B do Brasileirão, ao perder para o Avaí (SC), no estádio da Ressacada, por 3 a 1, neste sábado (15/11). O resultado fará com que a equipe saia do G4 após o complemento da 37ª rodada.
No duelo em Florianópolis (SC), o treinador não teve o lateral-direito Marcelinho, titular da posição, à disposição, por conta de uma lesão. Para esta vaga, Guto optou por improvisar o volante Pedro Castro, e não teve Pedro Costa (lateral-direito reserva) e nem Sávio (lateral-esquerdo, mas que poderia jogar pela direita) como opções.
Questionado sobre as ausências dos citados, o técnico não entrou no mérito dos nomes, mas explicou o motivo de ambos terem ficado de fora do duelo, mas também “cornetou” a arbitragem.
“Sobre os jogadores, um foi opção, outro foi questão também de estar fora de condições. Você vai tendo que administrar e, às vezes, a gente consegue, mas outras vezes, a gente tem infelicidade. Acho que a gente administrou bem até aqui, esse jogo escapou um pouco. Na condição de ter todo mundo, a tendência era seguir de uma maneira, mas a gente não tinha todo mundo. Então temos que fazer ajustes. Às vezes, o ajuste passa pelo equilíbrio e pelo improviso, mas também não aconteceu”, disse.
“Acabamos perdendo dentro da situação. Quando uma situação dá certo, está tudo bem, quando não dá certo, às vezes, você tem que arriscar”, completou Guto.
“O que arriscamos, acho até que não estava de todo errado. Teve a infelicidade, o menino que entrou (Freitas) teve a infelicidade de fazer o pênalti. Um pênalti também que se botar na ponta da interpretação ali…”, comentou.
“Não vou bancar o treinador de outros clubes, transferindo responsabilidade para os outros. A responsabilidade da derrota do Remo começa comigo, então agora é assumir. Quem tem que assumir a responsabilidade sou eu”, afirmou o técnico azulino.
A entrada do volante Freitas, que não atuava desde agosto, foi no lugar de Pedro Castro, aos 25 minutos, por conta de uma lesão do então titular, ainda no primeiro tempo, quando o placar estava em branco. Também improvisado, o jogador sofreu com o lado esquerdo do ataque do Avaí (SC) e foi protagonista no lance do pênalti questionado por Guto. Para o comandante, o atacante Emerson Ramon “valorizou” a jogada.
“A bola, inicialmente, quando ela passa do Freitas, ela estava mais para o Freitas, só que ele perde um pouco o tempo e aí ele vai para a bola, e o Negueba (Emerson Ramon) foi muito rápido, os dois partiram para a bola. Talvez pela condição de estar dentro da área, talvez o Freitas pudesse, tipo assim, deixar ele seguir, mas quando a bola passa, ele nem viu o Negueba. Quando viu, ele já estava com uma perna no lance. Quando ele percebe o contato, ele tira o corpo, Negueba toca na bola e, na sequência, se joga. Ele faz o movimento para frente, só que, no fato dele se jogar, o corpo atrasa. Mesmo o Freitas tirando o corpo, acaba tocando, dá o contato, dá a trombada e o juiz marca o pênalti. Se ele interpretasse como um lance de trombada, tudo bem, mas o fato do cara ter antecipado a bola, acabou marcando o pênalti. Acontece”, lamentou.
Outra questão comentada por Guto Ferreira relacionada com a arbitragem foi a expulsão dos atacantes Diego Hernandez e Nico Ferreira, já nos acréscimos do segundo tempo, após uma confusão generalizada envolvendo vários jogadores das duas equipes. Titulares, ambos não entrarão em campo na última rodada, contra o Goiás (GO), no Mangueirão. O técnico azulino, porém, fez questão de minimizar o prejuízo dos desfalques e exaltou os jogadores com os quais poderá contar.
“São jogadores importantes, sim. Acho que qualquer coisa que fale, sem olhar o contexto, posso estar trazendo para eles uma culpa. Acho que eles, na condição passada do ponto, acho que até que o Nico tentou defender o companheiro, mas depois acabou também participando. A gente lamenta, mas não vai colocar também essa culpa toda, essa responsabilidade, porque é só quem está lá dentro, no ‘ferro’, é que sabe”, falou.
“Internamente, lógico que vamos trabalhar, vamos conversar, vamos mostrar, como já começamos a mostrar, mas qualquer coisa que fale aqui, vou transferir responsabilidade para eles. Já falei em outros jogos, não vou exaltar os guerreiros que não estão para a guerra. Tenho que valorizar os guerreiros que vou ter para a guerra. São esses que vou engajar bem, dar moral, incentivo, para que possam fazer o melhor e, eles fazendo o melhor, a gente alcança o resultado”, disse.
O Goiás (GO) será o próximo adversário, no último compromisso remista na Série B. Ainda sem saber de qual combinação de resultados precisará se quiser subir, já que a rodada ainda vai ser concluída neste domingo (16/11), Guto Ferreira demonstrou confiança de que o Remo ainda pode alcançar o acesso para a elite do futebol nacional.
“Vamos olhar para frente e vamos fazer essa semana o melhor possível. Todo mundo junto, quem acredita, para a gente fazer um grande jogo, fazer a nossa parte, que a gente teve dificuldade de fazer nos últimos 3 jogos. Que Deus nos ilumine em Nossa Senhora de Nazaré, para que a gente possa passar essa partida. Aí, depois de feita a nossa parte, os resultados que vierem vão dizer se o Remo vai estar ou não (na Série A em 2026). Tenho uma fé muito grande que vamos estar na primeira divisão. O campeonato não acabou e eu acredito no grupo”, encerrou.
Remo e Goiás (GO) se enfrentam no domingo (23/11), às 16h30, no Mangueirão, pela última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
Globo Esporte.com, 16/11/2025


