O Clube do Remo vive um momento de virada em sua história. Após anos de instabilidade econômica, o Leão deve registrar, em 2025, o melhor resultado financeiro de sua trajetória.
Impulsionado pela boa campanha na Série B, o atual cenário é resultado direto de uma combinação entre desempenho esportivo e gestão profissionalizada.
André Alves, CEO azulino, destacou a importância do fortalecimento do sócio-torcedor e uma nova mentalidade administrativa nas operações.
“Depois de anos, o Remo retornou à Série B. Isso muda completamente o patamar de operação. A qualidade dos jogos aumenta, há incremento na verba de televisão, um calendário nacional completo e, consequentemente, o fortalecimento do programa de sócio-torcedor. O torcedor volta a ter futebol de janeiro a novembro, o que permite planejar melhor o ‘matchday’, as ações no estádio, a venda de camarotes e experiências”, declarou.
O impacto esportivo também tem papel decisivo nessa nova fase do Remo. Segundo o executivo, o título estadual e a boa campanha na Série B vem impulsionando o engajamento da torcida e o interesse comercial.
A sustentabilidade financeira, mesmo se não vier acompanhado do retorno à Série A do Campeonato Brasileiro, também é outro marco da atual administração.
“Esse é um ciclo positivo que nasce do desempenho esportivo, mas se consolida com a gestão. O principal fator é a gestão eficiente. Atuamos com planejamento orçamentário realista, controle rigoroso de custos e diversificação de receitas, patrocínios com vigência plurianual, ‘matchday’ estruturado, adimplência no programa sócio-torcedor e contratos indexados com segurança. Esse modelo garante um equilíbrio financeiro, mesmo sem depender do acesso”, completou.
O planejamento do Remo vai além do campo. O clube investiu na diversificação de receitas e no fortalecimento do relacionamento com o torcedor, pilares considerados estratégicos pelo CEO, que também reforçou que os avanços dessa temporada foram um passo importante, admitindo que o Leão já se organiza para desafios maiores que estão por vir.
“Estamos avançando no licenciamento de produtos, reforçando o sócio-torcedor. Temos que melhorar muito aqui, com novos planos e benefícios, mas também estruturando novas estratégias comerciais, incluindo ativações regionais e um calendário de completo, onde podemos explorar novas oportunidades. O desafio é grande! A diferença entre as Séries C, B e A é um abismo. Por isso, precisamos estar preparados para o próximo passo, consolidando essa base e ampliando as fontes de receita na Série B, sem deixar de pensar no acesso”, acrescentou André.
Apesar da dificuldade da região Norte competir no cenário nacional, o modelo de gestão adotado pelo Remo pode inspirar o aprimoramento de outros times, evoluindo o nível de competitividade das equipes em um futuro próximo.
“Fico feliz por participar desse processo de transformação e por aprender tanto sobre as particularidades da região, incluindo a logística, o clima, a distância entre sedes. O legado que queremos deixar é justamente esse – mostrar que é possível equilibrar paixão e gestão. O futebol não é uma ciência exata, mas quando se trabalha com planejamento, transparência e responsabilidade, as chances de atingir os objetivos aumentam muito”, disse.
“Espero que o Remo seja lembrado como um exemplo de que clubes do Norte também podem ser sustentáveis, competitivos e inspirar outros projetos”, finalizou.
MKT Esportivo, 27/10/2025
 
             
		

