Juan Carlos Osório – Foto: Gustavo Oliveira (Athletico-PR)
Juan Carlos Osório – Foto: Gustavo Oliveira (Athletico-PR)

De forma surpreendente, o Remo anunciou a contratação do colombiano Juan Carlos Osorio, técnico de larga experiência internacional e currículo respeitável. Um profissional da primeira prateleira, à altura do desafio representado pela Série A brasileira – e que não estava em nenhuma lista de especulados nas últimas semanas.

A demorada expectativa pelo novo técnico vinha angustiando a torcida, que passou rapidamente da euforia com a conquista do acesso a um sentimento de preocupação com o futuro. Pode-se dizer que a espera valeu a pena.

Depois de conviver com a possibilidade de contratar Cuca, Palermo, Tiago Nunes, Eduardo Batista ou Léo Condé, nomes cogitados desde que Guto Ferreira foi descartado, a diretoria do Remo concentrou esforços no mercado externo e rapidamente fechou acordo com Osorio, sem permitir o vazamento das negociações, como ocorreu com Cuca e Palermo.

O último clube do novo comandante azulino foi o Tijuana (México), onde não chegou a ganhar destaque. No período de 2024 a 2025, acumulou 35 jogos, obtendo 14 vitórias. Antes, havia passado pelo Athletico (PR) – 11 partidas.

Osorio treinou também o Zamalek (Egito) por 2 temporadas. Em seu país, dirigiu o América de Cali (Colômbia) e o Atlético Nacional (Colômbia). Comandou a Seleção do México de 2015 a 2018, cumprindo o ciclo na Copa do Mundo de 2018, quando conseguiu classificar a equipe à 2ª fase do torneio, sendo eliminado pelo Brasil.

A experiência com o selecionado mexicano é um dos pontos mais destacados do currículo de Osorio, carimbando a condição de técnico de alto nível e experiência em Copa do Mundo. O trabalho seguinte foi com a Seleção do Paraguai, em passagem relâmpago – apenas 1 jogo realizado.

O Brasil conheceu Osorio pelo trabalho no São Paulo, em 2015. Ficou por 5 meses, tempo suficiente para adquirir a fama de técnico inventivo e obcecado por variações táticas e controle da posse de bola.

Seus times costumam ter, de fato, mais de 11 titulares. Será uma ruptura na cultura regional, que valoriza os times que têm seus titulares bem definidos. Como se sabe, o torcedor gosta de ter a escalação na ponta da língua.

O fato é que, apesar do risco embutido na contratação, o Remo teve a ousadia de adotar um novo patamar dentro de uma visão moderna da realidade do negócio futebol. Além disso, aproveita para posicionar a marca do clube no mercado internacional.

Blog do Gerson Nogueira, 19/12/2025

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