O mês de maio vai significar um alívio nas finanças do Clube do Remo. Em entrevista concedida antes da partida contra o Amazonas (AM), o CEO do clube, André Alves, revelou que a partir dos próximos dias a equipe azulina deve começar a receber a cota de transmissão da Série B do Campeonato Brasileiro 2025.
Segundo informações, a ESPN, emissora do Grupo Disney, pagou cerca de R$ 170 milhões pelos direitos de transmissão dos 380 jogos da Série B no streaming e canal fechado, enquanto a RedeTV! (TV aberta) e o canal Desimpedidos (YouTube) desembolsaram cerca de R$ 20 milhões cada por 2 jogos por rodada. Já a plataforma Kwai pagou cerca de R$ 10 milhões para transmitir 1 jogo por rodada até o final do ano.
“Temos um planejamento financeiro que vai de janeiro até dezembro. Estamos prestes a anunciar um patrocínio master que vai ser muito bom para o clube. Estamos buscando soluções. Sei que o torcedor fica chateado, mas para ter um time em nível de Série B e poder ser agressivo na próxima janela (de transferências, em junho), temos que olhar os números e aproveitar para achar o equilíbrio. Quanto mais sócios-torcedores tivermos, mais receita recorrente teremos. Vamos começar agora, no mês de maio, a receber as cotas de televisão e conseguiremos equilibrar as finanças”, revelou.
Outro ponto levantado por André Alves foi em relação ao estacionamento nos jogos do Remo no Mangueirão, que vem recebendo constantes reclamações dos torcedores quanto ao valor cobrado para acessar o local com veículo. Para este jogo contra os amazonenses, foram cobrados R$ 30 para carros e R$ 20 para motos, se comprados de forma antecipada. No dia do jogo, os valores foram reajustados para R$ 40 e R$ 30, respectivamente.
Segundo o gestor, a diretoria azulina está tentando “achar um equilíbrio” nessa matemática. Em comparação, o Paysandu, que também utiliza o Mangueirão na temporada, fez uma redução no valor do estacionamento para R$ 20 (carros) e R$ 10 (motos), na partida contra o Bahia (BA), na quarta-feira (30/05), pela Copa do Brasil.
“Temos que achar o equilíbrio. Hoje temos contrato com uma empresa que gere o estacionamento. Tenho sido muito questionado porque o outro lado (Paysandu) faz algumas promoções. Estamos estudando isso, mas não posso ser irresponsável com o clube. Tenho um parceiro no estacionamento que também não pode ser prejudicado. Temos que sempre buscar o equilíbrio. Estamos conversando, temos um contrato que prevê um custo operacional mínimo. Não pense que é fácil. O cara que está no estacionamento tem uma série de responsabilidades. Isso está sendo feito, trabalhado. Temos que enfrentar e buscar soluções”, disse André Alves.
Atendendo a um pedido dos torcedores, a diretoria do Clube do Remo adotou um novo formato de pagamento para o programa de sócio-torcedor. A partir de agora, os azulinos podem usar o cartão de crédito na modalidade de cobrança recorrente para aderir aos planos e ter acesso aos jogos sem a necessidade de comprar ingressos.
Até o momento, mais de 5,7 mil torcedores estão adimplentes, conforme divulgado no site do programa de sócio-torcedor do clube neste sábado (03/05). De acordo com André Alves, isso é apenas uma parte das mudanças que estão sendo implementadas para tornar o produto mais acessível ao Fenômeno Azul.
“Tem muita coisa ainda para fazer. Temos um caminho longo. Fizemos coisas pontuais agora, mas há mudanças que precisam ser drásticas. A gente já começou a ver os resultados. Entrou o débito recorrente, mas ainda há muito a ser feito. Estamos engatinhando. O sócio precisa ter exclusividade, preferência. Não estamos dormindo. Podem ter certeza de que vamos mexer”, finalizou.
O Liberal.com, 03/05/2025