Nesta 37ª rodada da Série B, o Clube do Remo terá pela frente um adversário que une força ofensiva, disciplina tática e turbulência nos bastidores. O Avaí (SC) vive um momento de pouca pressão esportiva, mas de muita instabilidade extracampo, enquanto se prepara para receber o Leão neste sábado (15/11), às 16h30, no estádio da Ressacada, em Florianópolis (SC), no que pode ser o tão esperado “jogo do acesso” do Leão paraense.
Desde o início da competição, o time catarinense se firmou como um dos setores ofensivos mais produtivos. Com 47 gols marcados, o clube tem o 4º melhor ataque e mantém alta média de finalizações. O volume, porém, vem acompanhado de falhas – é o 4º que mais desperdiça grandes chances, somando 44 oportunidades perdidas.
A equipe também lidera a Série B em bolas longas certas (22,9 por partida), indicando um estilo de jogo mais direto, com transições rápidas e passes verticais para acelerar as jogadas. Em contrapartida, o Avaí (SC) é um dos que menos acerta cruzamentos (3,9 por jogo), o que revela menor eficácia nas jogadas pelos lados.
Mesmo com oscilações, o ataque merece atenção. O time é o 6º que mais finaliza no gol (4,6 chutes certos por jogo) e o 5º com mais dribles certos (7,5 por partida), mostrando boa capacidade individual para romper defesas fechadas.
Do outro lado do campo, o Avaí (SC) se destaca pela organização defensiva. A equipe é a 2ª com menos cartões amarelos na Série B (78) e uma das defesas mais corretas, com média de apenas 12,5 faltas cometidas por jogo. O sistema defensivo, embora não esteja entre os menos vazados, mostra equilíbrio e bom posicionamento.
Com 52 pontos, os catarinenses não têm mais objetivos esportivos – estão garantidos na Série B de 2026 e não alcançam mais o G4 este ano. Essa condição contrasta com o momento do Remo, que entra em campo na 3ª colocação, com 59 pontos, dependendo apenas de si para conquistar o acesso à Série A.
Nos bastidores, porém, o Avaí (SC) enfrenta um cenário delicado. Nesta quarta-feira (12/11), os jogadores decidiram não treinar em protesto por salários atrasados, repetindo o que já haviam feito no dia anterior. A dívida inclui 2 meses de salários, 6 meses de direitos de imagem, além da premiação ainda pelo título do Estadual. A atual gestão, que está deixando o clube ao final desta temporada, não apresentou previsão de pagamento.
Durante a semana, surgiu a informação de que o time utilizaria alguns atletas da base. Além deste fator que poderia facilitar a vida do Remo, os próprios torcedores do Avaí (SC) pediram que o time “alivie” para prejudicar Chapecoense (SC) e Criciúma (SC), rivais diretos na briga pelo acesso, movimentação que gerou forte repercussão nas redes sociais.
A partida deste sábado (15/11), às 16h30, no estádio da Ressacada, será crucial para o Remo, que tenta chegar aos 62 pontos e encaminhar o retorno à Série A após 32 anos.
O Liberal.com, 14/11/2025


