Paysandu 0×1 Remo (Pedro Vitor e Leonan) – Foto: Wagner Santana (Diário do Pará)
Paysandu 0×1 Remo (Pedro Vitor e Leonan) – Foto: Wagner Santana (Diário do Pará)

O clássico deste domingo (09/04) tinha tudo para ser um mero cumprimento de tabela, pois não representa nenhum interesse direto na classificação do Campeonato Paraense.

Válido pela 8ª rodada da 1ª fase, o resultado não altera mais a posição dos times, pois o líder Remo tem vantagem de 5 pontos sobre o Paysandu, que vem na 2ª colocação. Apesar disso, o jogo vale muito – por várias razões.

A primeira delas é a data histórica. Será a reinauguração do Estádio Olímpico do Pará, o novo Mangueirão, com capacidade aumentada – deve receber 45 mil espectadores – e melhoramentos que garantem conforto, segurança e acessibilidade.

Em campo, há um desafio em disputa. Os confrontos das semifinais da Copa Verde tiveram vitórias azulinas e bicolores. Por conta disso, a 3ª partida é a chance de “tirar a limpo” quem é o melhor time do momento.

Sim, na história da centenária rivalidade, só é possível conferir situações de momento, jamais cravar verdades definitivas.

Um ponto diferencia este clássico dos anteriores. Pela 1ª vez na temporada, o Remo entra pressionado em função da eliminação recente na Copa Verde. Nas semifinais do torneio regional, o Leão entrou sempre tranquilo, cotado pela boa campanha até então. O adversário, por seu turno, precisava mostrar serviço, após um período sem vitórias na própria competição e no Parazão.

Tudo mudou depois da conclusão da semifinal. A virada e posterior classificação nas penalidades garantiram à equipe de Márcio Fernandes um nível de confiança que até então não existia. O torcedor, antes desconfiado, passou a apoiar e festejar os jogadores.

A tensão passou para o lado azulino. Além do abalo natural pelo insucesso diante do rival, o time passou a ser muito questionado, embora só tenha sido derrotado 2 vezes neste ano, tendo 12 vitórias em 14 jogos. O trabalho de Marcelo Cabo, antes elogiado, começou a receber críticas.

Não significa que o Remo tenha se tornado um time fraco e inconfiável. Porém, existe a convicção de que é preciso dar uma resposta ao torcedor, ainda inconformado com a eliminação. Nada melhor, portanto, que um Re-Pa para tentar reconquistar prestígio junto à torcida. O Leão defende também um desempenho 100% no Parazão.

O Paysandu vive um momento de total conexão com seu torcedor, livre de cobranças e queixas. O técnico Márcio Fernandes tem várias alternativas para tornar o time mais forte para enfrentar o Leão. Conta com 7 reforços em relação às semifinais da Copa Verde – Edilson, Geovani, Filemon, Luiz Phelipe, Vinícius Leite, Kélvi e Igor Fernandes estão aptos a entrar jogando, embora seja provável que a escalação privilegie o time que derrotou o Remo. No ataque, Márcio mantém a dupla Mário Sérgio e Bruno Alves.

O técnico Marcelo Cabo tem opções também para modificar a equipe. No meio-campo, Matheus Galdezani e Álvaro estão cotados para estrear. Lucas Marques é presença certa na lateral-direita. Na frente, Pedro Vitor, Muriqui e Diego Tavares seguem no time.

Mais que nomes, os gigantes do nosso futebol terão que mostrar atitude vencedora, arma fundamental em clássicos. Os jogadores se revezam, os times mudam, mas a mística do Re-Pa não se altera – a vitória sorri quase sempre para quem mais luta por ela.

Blog do Gerson Nogueira, 09/04/2023

5 COMENTÁRIOS

  1. Não tem nada de tira-teima. Só vale rivalidade. O campeonato não play-off entre Remo e o Payssandu, portanto não tem teima, pois a campanha é soberana para qualquer análise consciente. Sobre contratações, acho que o Remo precisa de pelo menos três atacantes, pois Diego Tavares, Pedro Vitor e Fabinho são fracos.

  2. QUANDO VCS AI QUE ILUSTRAM ESSE PRESIDENTE FULEIRA QUE VAI LEVAR O REMO AO FUNDO DO POÇO E AINDA TEM FDP QUE PROTEGE O CARA.
    TAI SEUS BABACAS !
    O TIME É VELHO FRACO W UM TREINADOR MEDIOCRE, SEM IDEIAS.

  3. Esse treinador tem que sair antes da série C, senão estamos ferrados, é mais um ano sem bem ir para fase final!

Comments are closed.