Futebol feminino – Foto: João Vitor Normando
Futebol feminino – Foto: João Vitor Normando

Após denúncias de assédio envolvendo o Departamento de Futebol Feminino do Remo virem à tona nas redes sociais, o clube emitiu uma nota informando que “tomou conhecimento de algumas publicações” e vai investigar o caso.

Na nota, o clube azulino afirmou ainda que quer esclarecer essa situação imediatamente e já entrou em contato com as atletas.

“Desde que o Departamento foi criado, a administração do clube nunca recebeu nenhuma reclamação ou denúncia sobre o assunto. Para muito além disso, o Remo sempre esteve ao lado das mulheres nas mais diversas campanhas, pois entende o papel de protagonismo social ao qual está inserido”, diz um trecho do texto divulgado.

Algumas atletas que participaram da Série A3 do Brasileirão Feminino, que terminou com o acesso do Remo nesta temporada, se posicionaram sobre o tema nas redes sociais, como a ex-capitã do time azulino, Talita Cogo, que gravou um vídeo informando que deixou o clube remista por discordâncias com o técnico Mercy Nunes, mas nega que tenha sofrido assédio.

“O motivo da minha saída foi incompatibilidade com o treinador. Aconteceram algumas situações que não concordo e por conta disso resolvi sair. Saio com a consciência tranquila de que dei meu melhor. Me dediquei desde o primeiro até o último dia que vesti a camisa desse grande clube”, disse.

“Quero aproveitar para esclarecer o que foi noticiado sobre assédio sexual, que pelo menos comigo nunca aconteceu. Nunca houve nenhum tipo de assédio contra a minha pessoa. Aproveito para agradecer ao Clube do Remo pela oportunidade, por ter aberto as portas, com todo respeito e carinho que teve conosco. Agradecer aos diretores Paulinho (Araújo) e Marcelo (Bentes). Obrigado por todo esforço que vocês fizeram pela nossa modalidade durante todo esse tempo”, declarou.

A atleta Janaína Nogueira está alinhada com o discurso de Talita, admitindo que deixou o Leão por “incompatibilidade com o atual técnico” e também negando que tenha convivido com assédio.

“Passando aqui para esclarecer algumas coisas que aconteceram. Saí do Clube do Remo por incompatibilidade com o atual técnico, por não aceitar algumas coisas. O melhor, no momento, foi sair. Sobre a questão de assédio sexual, é algo que nunca aconteceu. Não tenho o que falar sobre. Sempre fui remista. Foi uma honra defender o Clube do Remo durante esse tempo. Agradeço ao diretor Paulinho, Marcelo, por todo apoio e incentivar o futebol feminino. Um até logo”, escreveu, nas redes sociais.

Confira a nota do Remo na íntegra:

O Clube do Remo vem a público informar que tomou conhecimento de algumas publicações envolvendo o Departamento de Futebol Feminino.

Diante disso, o clube destaca que está apurando e investigando, e pretende esclarecer os fatos o mais rápido possível. Além disso, contatos internos com as atletas também já estão sendo realizados.

Desde que o Departamento foi criado, a administração do clube nunca recebeu nenhuma reclamação ou denúncia sobre o assunto. Para muito além disso, o Remo sempre esteve ao lado das mulheres nas mais diversas campanhas, pois entende o papel de protagonismo social ao qual está inserido.

Ressalta-se que as medidas necessárias estão sendo adotadas para que não restem dúvidas sobre os fatos. Destacamos ainda que a apuração com a máxima parcimônia norteia os processos do clube.

O Clube do Remo jamais tolerará nenhuma conduta em desacordo com seus valores e princípios éticos e desportivos.

Globo Esporte.com, 14/07/2023

1 COMENTÁRIO

  1. Coisa mais absurda, tem que investigar mesmo e se for comprovado expulsar esses pilantras assediadores do clube.

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