Ricardo Catalá – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)
Ricardo Catalá – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)

Com acúmulo de demandas nas mais diversas áreas, o acompanhamento psicológico passa a ser fundamental para pessoas que têm ritmo acelerado da vida moderna e acabam sofrendo com estresse, pressão social e tantas outras demandas profissionais.

No futebol, isso não é diferente. Nele, há uma área especializada no estudo e na aplicação de princípios psicológicos no contexto esportivo.

Um desses profissionais que pensa no ramo da psicologia esportiva é o técnico Ricardo Catalá. O treinador, que recentemente comandou o Clube do Remo durante a 1ª fase da Série C do Campeonato Brasileiro, destacou que todas as equipes de futebol e de outras modalidades precisam de um minucioso acompanhamento para saber lidar com os problemas emocionais atraídos aos atletas em competições de alto rendimento.

“Todos os clubes que puderem ter uma maior variedade de profissionais, das diversas áreas, é melhor. Entre elas, lógico, está a psicologia do esporte, mas que precisa ser um profissional bem específico, porque psicologia do esporte e de um consultório é bem diferente. Porém, os clubes podem ter as duas coisas porque, estatisticamente, as doenças da atualidade são da mente e do coração”, disse.

Ricardo Catalá é formado em Educação Física e Psicologia Esportiva e possui pós-graduação em Gestão no Esporte. Com base no futsal, o treinador partiu para a Europa em busca de conhecimento. Por lá, estagiou no Barcelona, Zaragoza e Espanyol, todos do futebol espanhol. Além disso, fala outras 3 línguas: catalão, espanhol e inglês.

Enquanto aguarda uma definição sobre sua permanência no Clube do Remo para 2024, ele segue se aprimorando na busca por conhecimentos que visam auxiliar mais pessoas na sociedade.

“Quando você quebra o braço, você vai no ortopedista. Então, entendo que quando você tem problema com a mente, coração, você precisa estar credenciado e homologado para fazer isso. Nisso, incluo o Remo, mas também outros times de futebol, empresas, mercado financeiro, um médico, motorista de ônibus, enfim. Todas as profissões tem suas dificuldades. Hoje um psicólogo é fundamental, independente do segmento”, frisou.

Unânime entre todos os pré-candidatos para dar continuidade ao trabalho realizado no Baenão, Ricardo Catalá chamou a atenção também dos torcedores por relatar que quer iniciar um projeto para fazer do Remo novamente um time vencedor, com suas ideias de jogo e também os conceitos da psicologia esportiva.

Para ele, o trabalho nas categorias de base nos clubes vai além da formação de jogadores, mas é fundamental para formar uma sociedade com mais educação.

“Vemos muitas pessoas fazendo bobagem na rua com ansiedade, depressão e vários outros sintomas de ‘doenças do século’, como stress. Então, acho que deveria ter profissionais que poderiam ajudar, porque você nunca está isento de sofrer com isso e quando é mais jovem e tem pouco conhecimento de si próprio, acaba percebendo quando já é tarde”, destacou o treinador.

Diário Online, 02/10/2023