O ano de 2022 começou para o Remo com um leve gostinho de 2021, mas a lembrança que deve vir à cabeça não é a do rebaixamento, ou da sequência de jogos sem vencer na Série B. O Leão que estreou no Parazão lembrou aquele que engatou uma arrancada no meio do Brasileirão.
O técnico é Paulo Bonamigo, mas a equipe treinada por ele fez lembrar a boa fase do Leão sob o comando de Felipe Conceição.
Na última quinta-feira (27/01) o Remo enfrentou o Amazônia pela rodada de abertura do Estadual e o primeiro tempo azulino foi bom. Bonamigo, ao jeito dele, fez o prometido e entregou um “Remo à moda inglesa”, com variações no posicionamento da defesa e mudanças na postura do meio de campo.
No entanto, na segunda etapa, o Remo caiu de produção e não acompanhou o ritmo do início do jogo. A equipe perdeu parte do controle do jogo e viu o adversário crescer na partida. No final, a torcida saiu do estádio com um gosto amargo na estreia. Apesar disso, O Leão teve pontos positivos.
O Remo treinado por Bonamigo em 2020, que conseguiu o acesso à Série B, é bastante diferente do apresentado em 2022. A equipe tem um desenho tático diferente e inovou na saída de bola da defesa. O time largou de mão o 4-2-3-1 e agora joga um 4-3-3 clássico.
Na defesa, uma linha de quatro; no meio, apenas um volante e dois meias avançados; No ataque, um centroavante móvel, com pontas que entram na área.
No momento ofensivo, as coisas ficam mais interessantes. Para a saída de bola na defesa, Anderson Uchôa encaixa entre os zagueiros fazendo a “saída lavolpiana”. Com isso, os laterais são liberados e se juntam ao trio de ataque. Dessa forma, o Remo elabora uma linha de cinco “atacantes”, composta pelo trio de frente mais os dois laterais. No meio, Erick Flores e Pingo dão sustentação e a equipe ataca, portanto, em um 3-2-5.
Esse desenho tático é muito parecido com o utilizado por Felipe Conceição no Remo, durante a Série B. As mudanças, no entanto, passam pela maneira que Bonamigo vê o futebol. O Leão de 2022 tem um centroavante móvel, mas de presença na área, ao contrário do “falso 9” de Felipe Gedoz. Na saída de bola na defesa, Anderosn Uchôa tem função mais ativa, coisa que não ocorria em 2021.
Quando Bonamigo disse que faria um time “à moda inglesa” em 2022, o principal ponto que seria mudado era a intensidade. Mais do que nunca, o Remo tenta sufocar a saída de bola adversária, semelhante ao que fazem os times da Premier League.
O grande problema dessa intensidade exagerada é o preparo físico. Devido ao curto tempo de pré-temporada, muitos jogadores estavam esgotados ao final da primeira etapa. Isso explica a queda de rendimento no segundo tempo. Para fazer uma partida mais consistente diante do Paragominas, o Leão terá de controlar esse ímpeto e dosá-lo de acordo com a necessidade.
O Liberal.com, 29/01/2022
O Remo de 2022, com este elenco e esta diretoria, está com cara que vai perder o campeonato e cair para série D. Infelizmente!!
Quem lê essa patacoada (cheia de tatiquês! “saída lavolpiana”? Onde, já?) fica achando que o Remo jogou muitíssimo bem, quando na verdade foi um time previsível, lento, típico “arame liso” – quando conseguiu cercar, não conseguiu machucar o adversário! Esse pessoal d’O Liberal sempre foi “comédia” para comentar jogos do Remo, mas agora já está abusando! “Mais do que nunca, o Remo tenta sufocar a saída de bola adversária, semelhante ao que fazem os times da Premier League”. Dá pra acreditar que o comentador comédia meteu essa? Nem o Bonamigo diria uma mentira deste tamanho! Não podemos nos iludir: time limitado (como era de se esperar), por conta das limitações orçamentárias causadas pelo rebaixamento contratado pelas péssimas escolhas de Fábio Bentes e sua turma (da mesma forma que têm os méritos de nos fazer subir à Série B, fizeram o Remo voltar à C). Insisto: professor vai ter muito trabalho e nós, torcedores, muita aporrinhação este ano!
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