Paulo Bonamigo é um técnico que desfruta merecidamente de muito prestígio e respeito junto ao torcedor do Remo. Não é para menos. Em sus passagens pelo clube, sempre fez um trabalho sério e responsável, embora às vezes sem obter os resultados pretendidos.
Em 2022, ele conseguiu finalmente o título paraense, que havia deixado escapar em 2021, mas o trabalho de preparar o elenco para o Campeonato Brasileiro não frutificou. Até hoje, o time pouco exibiu de produtivo e pratica um futebol previsível.
O fato é que o Remo não tem um sistema adequado à realidade do elenco. Boas peças foram contratadas, mas isso não se reflete nas escalações e até nas mudanças ao longo dos jogos.
O Leão não sabe ser ofensivo o tempo todo – como o Ypiranga (RS) foi n segunda-feira (23/05) – e não joga em blocos, o que dificulta muito quando é atacado. Mais grave: todo mundo sabe que o time começa em um ritmo, mas depois baixa as linhas e permite espaços.
A equipe tem perdido na Série C pontos preciosos por absoluta incompetência. Foi assim contra Manaus (AM), São José (RS), Brasil (RS) e este último contra o Ypiranga (RS). Dos 4 jogos, o Remo poderia ter vencido pelo menos 2 deles, o que garantiria tranquilidade e um lugar no topo da tabela de classificação. Ao contrário, a instabilidade prevalece e o time vive uma gangorra, vencendo uma, perdendo outra em seguida.
Em Erechim (RS), velhos erros e práticas totalmente em descompasso com o futebol moderno voltaram a assombrar o Remo, com prejuízos que poderiam ter sido evitados. O jogo usual na Série C exige aproximação entre os blocos, saídas rápidas e capacidade de se adaptar ao modelo do oponente. O Remo não conseguiu atingir nenhuma dessas exigências.
Para piorar, um jogador importante como o meia-atacante Erick Flores, que viveu seu melhor momento sob o comando do técnico Felipe Conceição, na Série B 2021, voltou a jogar como antes, de forma mais descuidada e exagerando nas tentativas individuais.
O jogo praticado por Flores é sinalizador do dilema vivido pelo time. Ao preferir o risco de fazer passes entre 2 e até 3 marcadores, demonstra pouco confiar no conjunto. Excedeu-se em erros, atrasou inúmeras saídas e tomou decisões quase sempre erradas.
Como isso é contagiante, acabou influenciando o volante Marciel, que fez sua pior atuação pelo Remo desde que virou titular. A perda de dois defensores – zagueiro Everton Sena e lateral-esquerdo Leonan – gerou problemas, mas não justificar a atuação desleixada que o time teve depois de abrir vantagem logo aos 15 minutos.
Tudo isso deveria ter sido corrigido para o segundo tempo, mas Bonamigo, que se contentou em substituir Erick Flores por Fernandinho no intervalo, não reforçou o setor de marcação e só foi mexer depois, promovendo a entrada do estreante meia Jean Patrick, que nem era a alternativa mais coerente, visto estar voltando a atuar depois de longa inatividade.
Acabou levando um cartão amarelo logo de cara e depois foi punido com o segundo cartão, sendo expulso e abrindo ainda mais as linhas defensivas. Sem jogadores para criar, o Remo passou a depender de bolas esticadas por Marlon e Kevem para Bruno Alves e Brenner, isolados na frente.
Com isso, o Ypiranga (RS) ficou mais tranquilo ainda e o Remo sem poder ofensivo. Um time desarticulado e sem alma, facilmente dominado, escapando por pouco de tomar o 3º gol quando Vinícius fez um milagre em uma finalização em dois tempos.
Poderia ter sido diferente se o técnico optasse por simplificar as coisas, lançando Paulinho Curuá no lugar de Marciel – que ficou até o fim do jogo errando quase tudo – e Ronald para substituir Flores, o que mexeria com o setor defensivo do adversário e daria ao Remo uma alternativa de escape pelo lado esquerdo, recolocando Brenner no jogo.
O problema é que opções simples nem sempre interessam a quem tem conceitos já consolidados, o que parece ser o caso do treinador azulino.
O Leão volta a campo neste domingo (29/05), a partir das 19h, para enfrentar o Floresta (CE), no Baenão. O jogo é válido pela 8ª rodada da Série C e terá transmissão ao vivo e exclusiva pela DAZN. Clique aqui para fazer sua assinatura agora e ganhe 30 dias grátis.
Blog do Gerson Nogueira, 25/05/2022
ainda vão continuar com entregador de camisas?, pq é isso que o Bonamigo é!!!!
PELO JEITO IRÃO COM ESSE TREINADOR DE FUTEBOL DE BOTÃO!
Quando não tiver mais jeito aí o Presidente vai trocar o técnico como vez ano passado depois que o barca já.esrava furada.
Ou muda, ou a permanência e talvez a queda sejam previsíveis.
Vcs ja pegam no pe do cara em?deixa ele trabalhar,tem dois jogos em casa duas vitorias muda tudo isso
Só a diretoria azulina não vê o fraco desempenho do time com Bonamigo no comando.
Fora bonamigo já Deu. Valeu por tudo, mais com um elenco bom você faz um trabalho razoável pra baixo. Já deu diretoria vamos trocar enquanto é tempo.
Burro amigo desaprendeu como se joga futebol, está com alzaimer esqueceu tudo, o time é um amontoado de jogadores sem saber o que fazer com a bola.
Marciel leva o Bonamigo pra tua casa então
tem que manda logo embora antes de não ter mas jeito tecnico fraco ultrapassado
Só não entendo pq o Prof.nao escala o Ronald e mantém Marlon,keven e Everton Sena na defesa…?
Tira, urgentemente, o Brener.
Já deu, atacante desse tipo não serve. Desperdiça, perde uma carrada de gol por jogo.
Interessante esses comentários de jornalistas. Cobram a perfeição, que não existe em time nenhum e nunca existirá. Todos os times treinam e possuem jogadas, que no decorrer do trabalho vão aprimorando pelo entrosamento e diversificando também com o tempo. Essa é a leitura que tenho. Cabe ao adversários um estudar as jogadas do outro, assim como suas fragilidades a fim de vencê-los. Todos comentaristas que se arvoraram como treinadores de futebol se lascaram ou se fumaram, na linguagem corriqueira do dia a dia. Quanto ao Remo e o comentário do altamente conhecedor Gerson Nogueira, cai por terra a questão da previsibilidade, pelo que entendo de ser natural esse estudo entre os adversários em confrontos. No aspecto de organização, como torcedor que aprecia futebol, entendo que o Remo alterna momentos organizados e desorganizados de forma equivalente, daí a vulnerabilidade e não ter resultados nos jogos. Esclareço que, como a maioria, que suponho , eu não estou satisfeito com o desempenho do time no campeonato, mas também não concordo com comentários que depreciam, por vezes exageradamente, o time, como se nada prestasse, em nítida conduta de desestabilizar e avalhacalhar ,por razões diversas.
Concordo Jamil, é antiético um jornalista tecer comentários exageradamente depreciativos a um treinador de futebol, pode criticar a vontade, mas nunca praticamente chamando o treinador de incompetente.
Pessoal temos que para de pedir a saída dessa porcaria de tec não adianta vamos protestar publico zero para a diretoria respeitar a torcida
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