Graciete Maués
Graciete Maués

O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD-PA), Mário Celio Alves da Costa, comunicou que o órgão vai julgar na próxima segunda-feira (14/03), os pedidos de revisão apresentados por Bragantino e Águia nos casos dos atletas Hatos e Guga. O julgamento deve, ao que tudo indica, reinstaurar a normalidade e derrubar o ato que paralisou o Campeonato Paraense.

Hatos e Guga, que tinham sido julgados à revelia e suspensos por 6 e 2 partidas em 2021, atuaram no Parazão deste ano por Bragantino e Águia, respectivamente. Sabedor do fato desde o começo do ano, o Paragominas resolveu denunciar os clubes a fim de tentar recuperar pontos e fugir do rebaixamento à Série B estadual.

Independentemente de ter ocorrido “nulidade de algibeira”, figura jurídica que significa que alguém está ciente de uma ilegalidade e só protesta quando lhe é conveniente, o Parazão deve ser reiniciado com a constatação pelo TJD-PA de que as suspensões de Hatos e Guga são nulas de pleno direito.

Quando alguém não recebe notificação oficial e é julgado à revelia. como no caso dos atletas citados, a sentença é considerada nula. Por esse motivo, as solicitações de revisão apresentadas por Bragantino e Águia deverão ser acatadas pelo Tribunal.

Além dos aspectos de natureza legal e dos muitos prejuízos financeiros, a paralisação do campeonato se tornou um imenso problema no calendário do futebol paraense. Caso a situação se prolongue, as datas do Parazão irão montar com as da Série C, afetando diretamente a dupla Re-Pa.

A confusão é tão séria que, mesmo que o problema seja sanado na segunda-feira (14/03) pelo TJD-PA, o campeonato só irá recomeçar no final de semana, pois Paysandu e Tuna têm jogos marcados pela Copa do Brasil para o meio da semana.

Esta segunda interrupção é vista por especialistas de marketing esportivo como um episódio que desvaloriza ainda mais um campeonato que já é deficitário. A alteração de datas e a insegurança quanto ao prosseguimento da competição configuram um quadro de caos generalizado, atribuído por quase todos à omissões e erros da FPF.

Para espanto geral, a entidade que comanda o futebol paraense não arquiva boletins de inscrição e punições de atleta, algo imperdoável na era da informatização e da transmissão eletrônica de dados. Um simples banco de dados atualizado evitaria o festival de erros visto nos casos Hatos e Guga.

Por mais duro que possa parecer, é fato que um campeonato de pelada é melhor organizado do que o certame estadual, sem permitir tantas falhas administrativas em sua disputa. Torna-se urgente a adoção de providências para impedir que a bagunça se instale de vez.

Os clubes, que costumam reclamar sempre que se sentem prejudicados, precisam agir coletivamente e tomar uma atitude quanto à eleição da FPF, que seria inicialmente em dezembro, foi suspensa pela Justiça e já está postergada para uma data qualquer em abril.

O futebol profissional não pode conviver com atitudes amadoras e a entidade que gerencia o Parazão não pode continuar a sabotá-lo.

Blog do Gerson Nogueira, 10/03/2022

2 COMENTÁRIOS

  1. Campeonato avacalhado a radio clube ainda faz prpaganda o parazao nao pode parar, mas desse geito a torcida perde a motivacao.o certo seria Remoxmucura se juntar e dar pressao nessa fpf que estar abandonada

  2. Td neste parazao e AVACALHADO,desde a narração dos jogos e televisionamento,onde os caras torcem pras mucuras e sacaneiam o Remo;a arbitragem então!!??

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