O jogo teve boa movimentação no primeiro tempo, mudanças de peças no segundo e gols na reta final. Pelas quartas-de-final da Copa Verde, Manaus (AM) e Remo fizeram um confronto equilibrado.
Com uma escalação modificada, sob o comando de João Neto, o Leão levava perigo quando se aproximava da área inimiga tocando a bola. O problema é que fez isso poucas vezes.
Os gols não saíram no primeiro tempo porque a equipe repetiu aquele “roda-roda” sem fim dos tempos de Paulo Bonamigo e da última fase com Felipe Conceição. Toques laterais improdutivos, que não incomodam o adversário e fazem a bola ir ficando cada vez mais longe do gol.
Imaginava-se que sob a batuta de Netão e com outros jogadores, o Remo tivesse uma postura mais aguda e verticalizada. Nada disso.
Raimar corria com a bola e, quando se aproximava da intermediária do Manaus (AM), engatava a marcha à ré e tocava de novo para um dos zagueiros. Do outro lado, a mesma coisa. Wellington Silva pouco se arriscava.
No meio, Pingo e Marcos Júnior eram os mais avançados, mas Rafinha não dava sequência às tentativas de escapada e Renan Gorne corria em vão lá na frente.
Tudo isso forma um repertório que o torcedor azulino conhece bem. Sem agressividade, o Remo tem uma das piores artilharias da Série B. Esmera-se em reter a bola, mas faz uso ruim dela. É um dos motivos da situação dramática na classificação do campeonato.
O bom empate em 1 a 1 na Arena da Amazônia serviu como preparatório para as 3 decisões que esperam pelo Remo na Série B. Marlon foi bem na zaga e melhor ainda batendo falta – fazendo um golaço, aos 37 minutos da etapa complementar.
Erick Flores, ausente desde a penúltima rodada do primeiro turno, contra o Vasco (RJ), no dia 13/08, era uma das presenças mais esperadas. Por cautela, jogou apenas o segundo tempo. Movimentou-se bem, mas ainda com algumas dificuldades quanto ao ritmo das passadas e ao tempo de bola. Pode ser opção para o importante jogo de segunda-feira (15/11), contra o Goiás (GO).
Jefferson é outro que chamou atenção diante do Manaus (AM). Tomou a iniciativa, buscou lances individuais pelo lado do campo e poderia ter sido melhor sucedido caso a equipe tivesse jogadas ofensivas mais trabalhadas.
Ronald e Paulinho Curuá, que entraram na etapa final da partida, também merecem ser observados pelo novo técnico, Eduardo Baptista, que desembarcou em Belém na sexta-feira (12/11). Como ele terá curtíssimo tempo para conhecer o elenco, dependerá das indicações de Netão.
O ala Ronald deveria ser alternativa para o lado esquerdo. Está em nível superior a Raimar, Igor Fernandes e qualquer outro que atue por aquele setor.
Paulinho Curuá, ignorado por Felipe Conceição, mostrou rapidez e força no combate à frente da zaga. Marca melhor que quase todos os outros volantes disponíveis no elenco.
Baptista certamente acompanhou o jogo e pode usar isso para traçar a estratégia para a dura missão de estancar a queda livre do Leão na Série B.
Blog do Gerson Nogueira, 14/11/2021
O Remo deveria trazer o Ronael de volta para a próxima temporada. é um bom jogador.
Aproveitar que o Manaus vem aqui em Belém contratar logo esse jogador. Remo 100% dá essa dica para a diretoria.
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