A cada dia vêm à tona novos capítulos do embate fora das quatro linhas entre Remo, Paysandu e Federação Paraense de Futebol (FPF). Depois de provocações até mesmo nas redes sociais, o presidente azulino Fábio Bentes veio a público mais uma vez com declarações que explicam seu posicionamento contra a sugestão de encerramento do Parazão proposta pelo time bicolor em reunião por videoconferência na última quarta-feira (08/04), com todos os clubes participantes da competição e representantes da FPF.
Em áudio disponibilizado à imprensa pela assessoria de comunicação do Leão, Bentes buscou desconstruir alguns argumentos do Paysandu, principalmente o ponto em que o rival argumenta querer ser declarado campeão estadual por estar na liderança do torneio.
“Tenho ouvido algumas entrevistas e acho que é importante trazer ao público alguns esclarecimentos, até para que não se fique tendo interpretações indevidas acerta do que está acontecendo. É bom que se diga que qualquer associação é composta por regras, por leis, e essas regras são escritas no seu estatuto. Na FPF não é diferente. Qualquer competição a nível estadual é baseada nesse estatuto e nos demais regulamentos provenientes dele, como o Regulamento Geral das Competições, Regulamento Específico das Competições, mas todos abaixo do que reza o estatuto”, disse.
O Campeonato Paraense está paralisado desde 19/03, cumprindo medida imposta pelo Governo do Estado para minimizar a proliferação do Covid-19 na população. O Congresso Técnico realizado na semana passada teve como objetivo debater soluções para o torneio, mas não houve consenso.
Confira todos os pontos tocados no áudio de Fábio Bentes:
Clubes precisam unanimidade para dar fim ao Parazão
A tal reunião que aconteceu na semana passada foi convocada por dois terços dos clubes baseado no artigo 67 desse estatuto, o mesmo que, no artigo 70, parágrafo 3º, fala que qualquer mudança, depois do campeonato iniciado, só pode ser feita com a unanimidade dos presentes. Por que isso? Para que não se mude as regras no meio do jogo e, com isso, interfira em um direito já adquirido de algum clube na aprovação do regulamento. É o que está acontecendo agora. Então, a unanimidade é para que nenhum clube fique prejudicado com a mudança das regras da partida. É bom que se diga que estava presente na reunião o presidente do TJD-PA, o Dr. Dênis (Renault), que se manifestou duas vezes deixando claro que ele entendia que qualquer mudança no regulamento, no caso o término antecipado da competição com a proclamação de um campeão, só poderia ser feita se tivesse a aprovação da unanimidade dos clubes, que é o que está no estatuto e é a visão do presidente do TJD-PA. Então, veja bem, o TJD pensa assim, a Federação pensa assim, o Clube do Remo pensa assim, o Bragantino pensa assim, enfim, não é uma posição pessoal que estou colocando, é o que está escrito na nossa lei maior e precisa ser cumprido.
Se encerrado, o campeonato não deveria ter campeão
Temos que pensar em todas as possibilidades, inclusive não descarto dar por encerrado o campeonato, mas sem proclamar campeão, porque entendo que não é justo um time ganhar um título que não tenha sido conquistado nas quatro linhas. Nenhum campeonato do planeta está finalizando de forma antecipada, decretando um campeão. Seria um fato inédito hoje, no mundo, isso que o Paysandu está querendo. Não há qualquer bom-senso nesse pedido. Vamos discutir término de campeonato? Vamos sim, mas entendo que essa decisão passa por não ter campeão ou ter essa decisão em outro momento.
Patrocinadores precisam entrar no debate
Outra questão que acho importante ser colocada, que estão usando como bandeira de luta para viabilizar esse título sem jogar, é o fato da situação financeira se agravar. Levando isso em consideração, temos a situação do Banpará e da Funtelpa, que são patrocinadores do campeonato e têm contrato assinado. São entes públicos e, com isso, precisam prestar contas com o Tribunal de Contas do Estado e que, obviamente, já disseram até isso em documento, tem interesse que se tenha mais jogos, que aumente a exibição daquilo que foi combinado, que seja cumprido aquilo que está no contrato. Qualquer definição precipitada de término do campeonato sem dialogar com esses parceiros pode gerar um problema financeiro maior, de nós (clubes) termos que devolver recursos, visto que os recursos que viriam mais na frente foram antecipados para ajudar os clubes.
Tapajós propõe retomar Parazão 2020 em dezembro e emendar com a próxima edição
Tem uma proposta do Tapajós, que foi colocada, em que dizia que o campeonato poderia ser terminado no final do ano, em dezembro, já emendando em seguida, a partir de janeiro, com a competição de 2021. Para isso não se teria rebaixamento e entrariam mais duas equipes da Segundinha. Achei interessante, é uma proposta que está na mesa sendo discutida por vários clubes.
Caso não haja mais datas, possível final a ser disputada em dezembro ou janeiro
Temos mantido diálogo com os clubes. Há uma sinalização da maioria deles, hoje, de poder jogar isso no final do ano e, na impossibilidade de ter essas datas para jogar, há uma sinalização da gente discutir o término da competição, mas sem proclamação de campeão, quem sabe até tendo uma final com quem está à frente do campeonato? Enfim, são possibilidades que estão sendo levantadas pelos clubes e que logo teremos mais clareza no cenário para poder tomar uma decisão, baseada, inclusive, na orientação vinda da CBF com relação as datas. Essa semana haverá uma reunião na CBF que deve tratar dessa pauta.
Comparação com a Chapecoense-SC, declarada campeã da Copa Sul-americana 2016 sem jogar a final
Por fim, tenho visto compararem com a situação da Chapecoense (SC), uma comparação esdrúxula. Ali, não houve Conselho Técnico que resolveu dar o título para a Chapecoense (SC), em que parte votou a favor e parte votou contra. O que houve ali foi que o Atlético Nacional (Colômbia) abriu mão do título em favor da Chapecoense (SC), por isso ela foi declarada campeã. Foi um caso completamente diferente, que não tem comparação. Se o Atlético Nacional não tivesse aberto mão, provavelmente a Chapecoense teria que jogar com os atletas que tivesse disponíveis, um caso que não sei no que iria dar. Entendo que, naquele momento, o Atlético Nacional foi nobre na atitude em virtude da Chapecoense não ter time e resolveu abrir mão do título, que não é o caso que está acontecendo agora. É uma realidade distinta, não há como comparar, é no mínimo oportunismo.
Globo Esporte.com, 13/04/2020
Bom vendo desta forma esta correto entao uma sugestao as clubes este ano disputar o campeonato 2020 e 2021 como e jogado a liga dos campeoes se eu nao me engano com isso o patrocinio continua e ainda pode render mais para os clubes se o governo interessas e aumentar o patrocionio ja que teremos dois campeonato em um o capempeao sera declarado campeao de 2020 e 2021 e depois se quiserem voltar ao normal e so mudar o regimento e o regulamento do campeonato voltando ao normal faria isso somente esse periodo por conta da covd19 ninguem saia perdendo essa proposta seria bem mais viavel
Quer dizer que, agora, COVID-19 virou “Acidente Aéreo” para o Paysandu??? Para ele querer ser declarado campeão sem jogar a final como foi a Chapecoense…É A MAIOR PIADA DO SÉCULO XXI kkkkkkkkkkkk
o paissandu e um time que gosta de tirar vantagem em cima dos outros, sempre com as maracutaias ganhando sempre usando artificios ilicitos, como o próprio Miguel Pinho denunciou mas nao provou , estes titulos de campeao dos campeoes foi comprado , vototia na bomboneira sobre o boca, e outros tudo ilicito
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