Apesar do curto espaço de tempo para trabalhar e mudar conceitos, o técnico Eudes Pedro, contratado pelo Remo nesta semana, já tem sobre os ombros a obrigação de classificar o time para as semifinais da Copa Verde. Após a eliminação na Série C, o torneio regional virou “tábua de salvação” no encerramento da temporada azulina.
Há muita coisa em jogo. É a chance de levantar um título importante – e inédito – para o clube e garantir lucro financeiro com as arrecadações e uma bonificação que ganhou cada vez mais importância – a vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil, assegurando faturamento em torno de R$ 3 milhões, somando o prêmio de R$ 2,4 milhões e a bilheteria contra um clube de destaque do cenário nacional.
Os desafios são de boa monta para o iniciante Eudes. Não há dinheiro para contratações extras. A única novidade no elenco em relação à Série C é o lateral-direito Cesinha, ex-Santa Cruz (PE), que saiu de lá em meio a críticas da torcida coral.
O time é o mesmo que Márcio Fernandes utilizou, com um meio-campo que tem Eduardo Ramos como organizador e que irá dividir com Eudes o peso da pressão na Copa Verde. Jogador mais qualificado do grupo, o meia acusou visível queda de rendimento físico na reta final da Série C.
Além de botar o time nos eixos, Eudes tem a missão de remontar emocionalmente o grupo, visivelmente abalado pela desclassificação no Brasileirão. O alento é que o primeiro adversário é o Atlético (AC), que terminou como lanterna no Grupo B da Série C e que vem sofrendo um desmonte de elenco.
Ainda assim, os riscos existem. O Remo já sofreu na Copa Verde o desprazer de ser eliminado por equipes medianas, teoricamente inferiores. O Manaus (AM) foi algoz dos remistas no ano passado e o Santos (AP) em 2017. É bom não brincar com a sorte – ou azar, conforme o ponto de vista.
Blog do Gerson Nogueira, 01/09/2019
Tem que contratar mais 2 jogadores pro ataque
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