João Nasser Neto, o Netão
João Nasser Neto, o Netão

Mesmo que ainda não tenha um treinador e um executivo de futebol para ditar os rumos da temporada 2020, o Leão não quer esperar.

A equipe de analistas de futebol do clube já está mapeando alguns atletas e, a partir deste final de semana, com o início da Segundinha Estadual, esse processo de avaliação será intensificado, visto que a divisão de acesso local é considerada um dos “celeiros” para formação de elenco.

O crivo avaliativo para o Remo será bem cômodo. Com a parceria realizada com a Tuna na liberação do estádio Baenão nos seus jogos como mandante, os “olheiros” remistas estarão ligados nos destaques do torneio.

João Nasser Neto, o Netão, atual coordenador-técnico, estará à frente dos procedimentos. Vale lembrar que o mesmo já fazia este trabalho para submeter os resultados ao antigo comandante Eudes Pedro, que foi desligado do clube na última terça-feira (15/10).

Mesmo com o grau técnico limitado, uma das surpresas do time azulino nesta temporada, em meio ao festival de contratações, com mais de 40 no total, foi oriundo da Segundinha – o volante Djalma, que chegou ao Baenão após se destacar no Carajás, sendo referendado por Netão.

Djalma é, inclusive, um dos atletas que devem permanecer no elenco azulino para 2020.

“Estamos negociando, uma conversa muito boa para os dois lados. É um clube em que me reencontrei e que pude ajudar. A gente espera resolver o melhor para que essa parceria possa continuar”, disse o jogador, que revelou ter sido procurado, também, por outros clubes.

Executivo

Na expectativa de fechar com o novo profissional que ficará responsável pelas indicações e contratações diretas para o plantel, o presidente azulino Fábio Bentes tem mantido em sigilo o nome dos candidatos.

Embora Carlos Antônio Kila tenha se credenciado como um dos favoritos, o dirigente prefere despistar.

“Não escondo que tenho negociado com alguns profissionais para assumir o papel de executivo, para nos ajudar na contratação de um técnico e, consequentemente, na montagem da equipe. Prefiro não falar os nomes, até para não atrapalhar nas negociações. No momento oportuno, vamos divulgar”, destacou.

Sub-20

Com o destaque de jogadores oriundos da base no profissional azulino nesta temporada, a previsão é de a quantidade desses atletas no elenco de 2020 seja maior. Alguns jogadores que estão atuando pelo Parazão Sub-20, como é o caso do volante Ariel Pingo e os atacante Hélio Borges e Lailson, estão confirmados para o elenco profissional do ano que vem. Outros estão na mira, como o ala-esquerdo Felipe e zagueiro Anderson Pipoca.

Outro que deve ganhar mais rodagem é o atacante Wallace, que vem integrando o profissional desde a temporada 2018, mas com pouco espaço em campo. Não por acaso, o jogador almeja fazer a sua parte no Parazão Sub-20 para credenciar-se logo na pré-temporada.

O imbróglio fica ainda por conta do lateral-direito Rony, que terá a sua situação decidida via Justiça Trabalhista no próximo dia 30/10. A diretoria remista adiantou que espera contar com o profissional para a próxima temporada.

Apesar de não ser da base, o jovem atacante Higor Félix, de 21 anos, que despontou em jogos-treinos, poderá permanecer para 2020 por possuir contrato até o primeiro semestre. Antes de iniciar a Série C, a diretoria vai analisar a continuidade ou não do atleta.

Diário do Pará, 18/10/2019

1 COMENTÁRIO

  1. Conciliar profissionais de fora com jogadores locais é uma equação que não bate. Dificilmente essas pessoas arriscarão colocar jogadores que não sejam de suas confianças. Sugiro que o clube faça um trabalho paralelo, que contrate uma boa equipe (o Waltinho como técnico seria ótimo) e coloque o time para “rodar”, pegar experiência fazendo jogos amistosos pelo interior e estados vizinhos, pois além de dar maturidade para a equipe, ajudaria também a descobrir novos talentos. Sinceramente, não acredito que consigamos mudar de situação sem darmos o devido valor a nossos jogadores locais. É impossível ousarmos contratar jogadores de um nível técnico melhor sem termos condições econômicas pra isso. É difícil de aceitar, mas é a realidade, infelizmente.

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