João Nasser Neto (Netão)
João Nasser Neto (Netão)

A atuação do Remo contra o Paragominas ficou longe daquilo que torcedores e diretoria esperavam, além de muito abaixo do que o próprio time precisava para diminuir a crise.

Em regra geral, um empate fora de casa não é um resultado ruim, mas o fato de ter sido dominado pelo adversário em boa parte do jogo, aumentou o sinal de alerta no Leão. O técnico João Nasser Neto deixou a Arena Verde preocupado com a equipe, mas não com o cargo.

“O resultado não agradou. A gente esperava sair com uma vitória. Sabia que seria um jogo muito difícil. A gente acabou cedendo o empate, não conseguiu controlar o jogo e acabou proporcionando umas situações para o adversário finalizar em situações até boas. O que estava combinado não conseguimos fazer”, disse.

“Ao atacar, perdíamos e bola e tinham muitos momentos de transição. Nas bolas paradas, como lateral e tiro de meta, a gente estava um pouco fora de posição. Tentamos ajustar, mas ainda cometemos erros que temos que corrigir”, avaliou Netão.

Mesmo quando vinha de uma sequência boa de vitórias, no início do Parazão, o time azulino demonstrava problemas do meio para frente. O quadro tem se agravado com a queda psicológica do elenco pelas derrotas para Serra (ES) e Paysandu. A expectativa de Netão é conseguir ajustar isso nos próximos jogos.

“A gente está tendo muita dificuldade na circulação da bola. A gente não conseguiu achar, ainda, de acordo com o adversário, a forma de prender a bola no meio. Temos esporadicamente feito essa circulação da bola, mas não pode ser assim. Tem que ter esse controle da bola, ter ela no pé”, comentou.

“Tem que levar em consideração qual é o tipo de marcação que o adversário está exercendo, se estão pressionado ou estão oferendo para a gente circular ou a bola longa. Temos que avaliar bem esses jogos que temos para arranjar uma solução e chegar com uma equipe compacta para finalizar”, ponderou o treinador.

O Remo terá pouco tempo para se preparar para seu próximo compromisso no Parazão, pois volta a campo neste domingo (24/02), contra o São Raimundo, no Mangueirão. Netão buscará aproveitar a sexta-feira e o sábado de maneira intensiva.

“A gente tem que pegar esse tempo para treinar, organizar, rever tudo que aconteceu hoje (quinta-feira). A gente conseguiu terminar o jogo com 11 jogadores, isso já ajuda a ter como parâmetro do que foi que errou, porque nos últimos jogos a gente jogou 45 minutos e mais acréscimos, 70 minutos e mais acréscimos, com um jogador a menos, então não deu para fazer uma avaliação do que tinha melhorado ou não. Terminando com 11 dá para fazer uma avaliação mais precisa do que precisa melhorar”, argumentou.

Veja outros trechos da entrevista de Netão

Análise geral do jogo

A partida foi muito disputada, com chances de gols para os dois lados. A gente estava com um pouquinho de dificuldade na parte ofensiva, ofereceu muitos contra-ataques. Cometemos alguns erros que não eram mais para terem sido cometidos pelo que a gente já tinha construído mais atrás. Sabemos que os jogos passados foram por situação de jogador a menos e a gente não tinha como fazer uma avaliação, porque a gente acaba tendo que se defender mais.

Controle de jogo

A gente sabe da dificuldade que é o campeonato, é muito disputado, com equipes boas, mas a gente precisa só administrar melhor o resultado, não deixar o jogo entrar em correria, porque a gente acaba perdendo o controle. Vamos nos preparar para o jogo do final de semana, para poder já conquistar uma vitória e garantir a classificação.

Lesão de Robson

Ainda vou ver com o Departamento Médico o que aconteceu realmente. Todo jogo a gente tem tido problemas, ou expulsão ou jogador machucado. Essa fase ruim passando, a gente já vai conseguir controlar melhor a partida e conseguir os resultados.

Excesso de faltas perto da área

Tem que ter mais concentração na hora da bola circular defensivamente. A gente tem entrado desconcentrado no lance do um-contra-um e acaba fazendo faltas desnecessárias e ocasionando uma quantidade de faltas ou escanteios muito grandes. Temos que rever algumas situações, melhorar o um-contra-um para pode não estar fazendo falta nas zonas próximas da área, diminuir a quantidade de bolas na área e a quantidade de gols também.

Pressão no cargo

É um momento difícil do meu início de carreira. A gente sabia que ia passar por isso. Todo profissional que trabalha com futebol sabe que vai passar um dia por essa situação. O que a gente tem é que ter consciência, ser honesto, continuar trabalhando, procurar evoluir a equipe. Se não der certo, a gente é profissional e está preparado para tudo. Estou no futebol há 18 anos. Sei que no Remo, ou em qualquer equipe grande, a pressão é muito grande, mas tenho a consciência tranquila, sei o que precisa melhorar. É uma fase da minha carreira que vai acontecer hoje, ou daqui a um mês, um ano, dois anos. Tem que ter a cabeça tranquila para continuar trabalhando. A minha pressão é interna. Sei aonde quero chegar, aonde quero levar o Remo. Pressão externa não me afeta, tenho a cabeça no lugar sobre o que preciso fazer.

Globo Esporte.com, 22/02/2019

7 COMENTÁRIOS

  1. Esse time do Remo é horrível,não tem treinador, não tem jogador e nenhum esquema tático, do jeito que tá vai ser muito sofrimento. Presidente mande esse treinador e mais uns 10 jogadores embora, e não esqueci desse executivo tbm

  2. Netão, faz o fácil! Vá de 4-4-2 basicão.
    Na meiuca vá de Vacaria, Robson, Dedeco (dando liberdade para aparecer de elemento surpresa) e Etcheverria.
    No ataque vá de Gabriel e qualquer outro (pode ser um desses três fracos centro avasntes ou mesmo o Henrique).
    Fica inventando, vai acabar caindo. O time não absorveu este esquema e o meio de campo está ficando sobrecarregado.

    • Concordo com 4-4-2. Time teve um pouco mais de posse de bola quando tirou um atacante e colocou outro meia. No ataque o Gustavo é certo, o Echeverria tem jogar do meio pra frente, próximo da área adversária, é bom finalizador, mas não é articulador e nem marca.

  3. Cadê os jogadores do ano passado que Ian fica e a diretoria não deu nem uma satisfação por que eles não ficaram esse bastidores do club do REMO nunca vem a tona eu quero dizer aqui que o então não tem cupa de nada ele estava contando com alguns jogadores do ano passado e deram essas pencas pra ele ele e tecnico e noa santo pra fazer milagre

  4. Os jogadores que vestem a sagrada camisa paulina, infelizmente, estão aquém das necessidades. Apresentam insuficiências técnicas e físicas. Não sei dizer se a ausência de esquema tático se deve à insuficiência do técnico ou da condição precária do elenco. Fato é que a equipe não apresenta nenhuma dificuldade para ser dominada. Não há meio de campo. Não se troca passes, não se aplica o mínimo de futebol. Ou se dá chutões ou se faz jogadas individuais improdutivas. Ninguém se apresenta. Os jogadores do meio se dão encontrões. Parecem crianças correndo atrás da bola. Um bando de batalhões!

  5. Elenco medíocre, com jogadores que são os rejeitos das séries inferiores dos campeonatos de médio/pequeno porte do país. Essa é a triste realidade do futebol paraense hj. Netão…tite ou Pepe guardiola não vão fazer muita diferença com um elenco semi-amador que mais um ano essa diretoria amadora formou.

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