Contratado para dar maior profundidade ao elenco do Remo, o zagueiro Marcão (23 anos) fez sua estreia no clássico contra o Paysandu, pela 9ª rodada do Campeonato Paraense. Desde então, ele não deixou mais a titularidade e está a uma vitória de conquistar o título estadual.
Apesar da pouca idade, o defensor já passou por Audax (RJ), Luverdense (MT), Itapipoca (CE), Alecrim (RN), Tupi (MG), Treze (PB) e Marítimo (Portugal).
Antes de chegar ao clube português, Marcão não teve uma passagem marcante nenhum dos outros clubes, mas a sorte mudou após a eliminação do Treze (PB) na Copa do Nordeste.
“Fui para o Treze-PB, onde joguei o Campeonato Paraibano e a Copa do Nordeste. Na Copa do Nordeste, estava no banco, mas como o time não tinha mais chances para se classificar para a próxima fase, o treinador colocou o time reserva para jogar o último jogo da competição. Tinha um olheiro do Marítimo (Portugal) na partida, eles gostaram do meu futebol e fizeram a minha contratação, com 5 anos de contrato”, contou.
No Leão da Ilha da Madeira, o zagueiro conseguiu entrosamento e adaptação rápida. O time português é recheado de atletas brasileiros, mas o que realmente ajudou Marcão em se adaptar o futebol luso foi um período de treinamento sob o comando de Fernando Diniz, atualmente técnico do Fluminense (RJ).
“Joguei 4 anos no Audax (RJ), sendo 2 nas categorias de base e 2 no profissional, com o Fernando Diniz, atual técnico do Fluminense (RJ). Treinei um pouco e ele é bem rígido com relação de zagueiro sair jogando, toque de bola. Zagueiro não pode dar chutão. Isso me ajudou bastante quando fui para o Marítimo”, contou.
Por qual motivo então um atleta deixaria de atuar no Campeonato Português para vir jogar no Parazão? A resposta para isso, Marcão tem de primeira: mudança no comando técnico.
“Tinham muitos brasileiros lá comigo. Tinham 13 ou 14 brasileiros comigo no Marítimo, então isso me ajudou bastante, foi muito bom para mim. Estava jogando com o treinador Cláudio Braga , mas no meio da temporada ele foi mandado embora. Com a chegada do treinador Petit, as minhas chances acabaram. Ele falou que não iria me utilizar mais nessa temporada e contratou mais 2 zagueiros”, revelou.
“Apareceu a proposta do Remo e preferi aceitar para vir jogar o Campeonato Paraense e a Série C do Brasileirão, do que ficar só treinando lá”, completou.
Marcão fez sua estreia com a camisa azulina no clássico contra o Paysandu. Para ele foi uma experiência única, mas o que realmente impressionou foram as péssimas condições dos estádios paraenses. A partida contra o Bragantino, no estádio Diogão, foi marcante para o atleta.
“Não tinha jogado em nada semelhante, principalmente depois ter vindo de Portugal. Lá só tem estádios sensacionais, não tem comparação”, disse.
Para a final do Parazão, o defensor espera cumprir com a missão de reverter o placar sobre o Independente de Tucuruí e conquistar o título para presentear o torcedor azulino.
“A torcida é muito apaixonada pelo clube. Se respira futebol aqui e o paraense respira o Remo. O torcedor é completamente apaixonado, é maravilhoso. Minha expectativa foi vir para ser campeão estadual”, concluiu.
Globo Esporte.com, 19/04/2019
Esse Marcão e ruim que doi
Foi o único responsável pela derrota domingo passado.
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