Remo 0x0 Ypiranga-RS (Carlos Alberto)
Remo 0x0 Ypiranga-RS (Carlos Alberto)

A baixa produtividade do ataque é o maior problema do Remo nesta Série C, situação confirmada no empate em 0 a 0 com o Ypiranga (RS), na segunda-feira (20/05). Era a chance de o time alcançar pela primeira vez a liderança de seu grupo na etapa classificatória da competição. Uma vitória simples faria o time saltar da 3ª colocação para a ponta da tabela.

Mesmo com amplo espaço para desenvolver seu plano de jogo, o Remo se atrapalhou no processo de criação e não exerceu um cerco efetivo em torno da área. Até melhorou no segundo tempo, mas sem aprofundar jogadas e forçar erros da defesa gaúcha.

Em um sintoma da dificuldade de organização ofensiva do Remo, as melhores situações foram em lances de iniciativa individual, como nos arremates de Carlos Alberto, logo a um minuto de jogo, e outro quase aos 40 minutos da primeira etapa.

No segundo tempo, aos 12 minutos, um chute longo de Douglas Packer quase resultou em gol. A bola estourou no poste esquerdo, contando com um leve desvio do goleiro. Depois, Carlos Alberto arriscou chute forte e rasteiro de fora da área, Deivitiy espalmou, mas não havia ninguém colocado para aproveitar o rebote.

Alex Sandro e Ramires também estiveram chance de marcar. O atacante cabeceou no canto esquerdo, mas o goleiro mandou a escanteio. A jogada que contou com a participação de mais jogadores foi a que quase levou em gol de Ramires, já na reta final da partida. O volante recebeu na intermediária, tabelou com Carlos Alberto, mas a bola saiu rente à trave.

Ainda houve o escanteio que Rafael Jensen escorou de cabeça, aos 30 minutos, para defesa espetacular do goleiro, que já havia feito algumas façanhas em outras finalizações de Douglas Packer, Alex Sandro e Ramires.

Nem mesmo a costumeira alegação de que o time atuou bem e “só faltou a bola entrar” serve de consolo em relação ao empate. O Remo atuou razoavelmente – nem podia jogar tão mal visto que o Ypiranga (RS) se limitou à defesa – mas muito abaixo do que o jogo exigia. Em nenhum momento, o time conseguiu transformar a posse de bola em algo útil.

Chamou atenção a discreta presença do centroavante Emerson Carioca nas ações dentro da área. Ele apareceu mais no esforço de marcação no meio e em algumas tentativas de tabelar com Carlos Alberto e Douglas Packer, completamente fora de suas atribuições e qualidades.

Na prática, um centroavante baixo e pouco habilidoso no jogo rasteiro tem pequena margem de chances no futebol atual. Pode até fazer um gol aqui, outro ali, mas terá sempre imensas dificuldades para se impor. Márcio Fernandes certamente sabe disso, mas prefere insistir.

Há uma alternativa, menos óbvia, que requer mais treinamento e a participação efetiva de todos os setores do time. Implica na utilização de Alex Sandro como atacante mais avançado, ao lado de Carlos Alberto, à frente de uma linha de meio-campistas – Yuri, Ramires, Guilherme Garré (ou Djalma) e Douglas Packer – que cuidaria da compactação do jogo.

O time jogaria sem referência na área, o que na prática já não existe atualmente. A vantagem é que haveria aproximação mais aguda e qualificada, com o envolvimento dos laterais e a eventual utilização de um atacante de lado – Danillo Bala ou Tiarinha.

Como a competição ainda está começando, seria possível executar a mudança de perfil, até porque os jogadores já se conhecem. Na última Série C, carente de um centroavante de ofício, o técnico Artur Oliveira optou por um sistema parecido, depois aperfeiçoado por João Neto. O resultado, como se sabe, foi altamente satisfatório.

Blog do Gerson Nogueira, 22/05/2019

13 COMENTÁRIOS

  1. Concordo plenamente, uma vez que não temos um atacante de referência boa pra atuar dentro da grande área dos adversários.

  2. Jogar com 2 atacantes velocistas é a melhor opção. Bota 2 velocistas e os meias pra chegar como elementos surpresa pra finalizar as jogadas. Não adianta esperar um centroavante porque isso no futebol de hoje é praticamente extinto. Me diz um clube da serie A que tem um grande centroavante? Só sei do Vagner Love e do Fred, fora eles, não me recordo. Bota Alex Sandro e Gustavo ou Alex Sandro e Danilo Bala. Deixa Tiarinha como opção. Se não tem centroavante, trabalha com o que tem. Emerson Carioca e Mario Sergio já tiveram muitas chances e não corresponderam.

  3. Comentário tendencioso desse jornalista que visa conturbar o ótimo ambiente do grupo do Remo, tentando desqualificar o ótimo trabalho que tem feito o treinador Márcio Fernandes. Ora, ora, o Remo é o líder em pontos de seu grupo, e se continuar ganhando 4 pontos em cada 2 jogos estará classificado em primeiro lugar, com folga, para o mata-mata.

    Essa imprensa tendenciosa não deixa o Remo em paz. Ora, ora, eles diziam que a mucura já era campeã paraense e depois com cara lambida esses jornalistas disseram que a mucura deixou escapar o título por uma fatalidade, desmerecendo o Independente e o título de bicampeão ganho em campo do Remo.

    Aí começou o brasileiro e esses jornalistas tendenciosos rasgam ceda para a mucura freguesa e continuam malhando o Remo, inclusive tentando promover intriga como nesse texto ao citar o Netão e o Artur como exemplos, tentando jogar o torcedor contra o Márcio Fernandes.

    A realidade é que o time do Remo está jogando muito bem e bonito, tem melhorando a cada jogo graças ao treinador e aos jogadores que tem se empenhado e absorvido o esquema tático do Márcio Fernandes. Faltam gols, mas certamente sairão com o entrosamento a cada jogo.

    O grupo do Remo precisa no momento de mais incentivo e menos de críticas destrutivas. Portanto, essa imprensa marrom não tem crédito, o Remo é grande e tem conseguido sucesso pelo próprio mérito.

  4. Jornalista secador só pode ser torcedor da mucura fedorenta, deixe de fazer comentário sobre o remo, comente sobre o seu clube, seus comentários não vão prejudicar o grupo do remo que a cada jogo está evoluindo, isso mexe bastante com os secadores que não querem ver o remo subir pra série “B”.

  5. Poderiam verificar a situação do atacante Marcão, que foi artilheiro do Gauchão desse ano pelo São Luiz, 6 gols em 11 jogos, foi uma boa média e tem as características que procuramos.

  6. Sempre gostei dos comentários de Gerson Nogueira,mas dessa vez acho que está equivocado em sua visão e não acho que o Remo deva mudar seu jeito de jogar agora que está cada vez melhor o desempenho do time, se tivesse feito umas das várias chances que criou o comentário seria outro com certeza.

  7. Acho que esses comentaristas da club,
    O menos pior é o Gerson Nogueira.
    Temos que ter calma, o time evoluiu muito desde o início do ano.
    Tá no caminho certo, não ganhamos porque não tinha que ganhar.

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