Copa Verde
Copa Verde

Enquanto a CBF negocia patrocínio da usina hidrelétrica binacional Itaipu para as próximas edições da Copa Verde, o canal Esporte Interativo comunica que não vai renovar o contrato dos direitos de transmissão.

A desistência do canal de TV só aumenta as incertezas sobre o futuro da competição, que não decolou nem com o marketing ambiental das ações de sustentabilidade.

A Copa Verde só vai sobreviver com patrocinadores de grande porte que se somem à Caixa Econômica Federal, inclusive outra TV, fechada ou aberta.

A atual Copa Verde termina no próximo dia 16/05. Dois dias antes da decisão, o presidente Antônio Carlos Nunes, o secretário-geral Walter Feldman e todo o staff da CBF vão desembarcar em Belém. É quando os clubes deverão ter a confirmação das cotas de participação da atual edição, que devem ficar mesmo nos míseros R$ 15 mil pela primeira fase, R$ 30 mil pela segunda, R$ 50 mil pela terceira, R$ 50 mil para o vice e R$ 180 mil para o campeão.

O que acontece se a Copa Verde acabar?

Pelo potencial de público nos estádios e de audiência na TV, Remo e Paysandu têm a expectativa de convite para a Copa do Nordeste, caso a Copa Verde seja inviabilizada. Porém, há forte resistência a essa hipótese na Liga do Nordeste.

A CBF não admite o fim da Copa Verde, que congrega 11 Federações e grandes interesses políticos. Reside nisso a esperança de uma solução. Para os clubes, o atrativo da Copa Verde é o acesso às oitavas da Copa do Brasil do ano seguinte, com a robusta cota de R$ 2,4 milhões.

Walter Feldman, secretário geral da CBF, comanda articulações para o patrocínio da usina Itaipu, que através da Copa Verde, impulsionaria o seu programa ambiental focado na conscientização da sociedade para o uso racional da água.

A ideia é que o Paraguai, parceiro do Brasil na usina, tenha pelo menos um clube na Copa Verde a partir de 2019. Por enquanto, o que há são tratativas preliminares em cima de um projeto.

Copa do Nordeste pode mudar de TV

Enquanto a Copa Verde agoniza, a Copa do Nordeste bomba. Para 2019, os direitos de transmissão da competição podem passar do Esporte Interativo para a Globo, como querem clubes do Top-7, com novo formato e cotas bem melhores para os clubes mais importantes. Independente disso, já há uma garantia de reajuste nas cotas.

Cotas

Na primeira fase da Copa do Nordeste 2019, as menores cotas serão de R$ 550 mil e as maiores acima de R$ 1 milhão. A Copa Verde vem pagando R$ 810 mil para rateio entre 16 clubes. O campeão recebe R$ 275 mil na soma de todas as cotas. Isso é metade da cota minima da primeira fase Copa do Nordeste. A comparação é humilhante!

A real compensação da Copa Verde é para o campeão, com o acesso à 5ª fase da Copa do Brasil seguinte, além da bilheteria. Porém, a venda de ingressos só foi sucesso para Remo e Paysandu, principalmente nas 3 primeiras edições, quando os rivais fizeram uma das semifinais. A competição perdeu muito do seu apelo de público nas duas últimas edições por eliminação precoce do Leão.

Cartão verde e outras ideias fracassadas

A ação criada pela CBF para Copa Verde, o “cartão verde” para o fair-play, mostrado ao atleta que tivesse atitude exemplar em campo, só rolou em 2016. A música tema da Copa só foi ouvida na festa de lançamento em Belém. O ingresso-semente, cada um que fosse plantado resultaria em nova árvore, para o bem da natureza, nunca se materializou. Esses e outros descumprimentos contribuíram para o enfraquecimento do conceito ambiental buscado para a Copa Verde.

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 06/05/2018

4 COMENTÁRIOS

  1. Isso é uma copa miseria, pois ql a diferença entre o norte e o nordeste ???
    Claro q sempre o norte sai perdendo pois as pessoas q deveriam lutar para valorizar o campeonato e da a oportunidade dos times terem investimento igual a copa do nordeste não fazem nada, eu acho q os caras são tão egoístas q só pensam em ganhar dinheiro, e esquecem por se burros, se todos ganharem juntos vão ganhar ainda mais, isso se tornou um campeonato caro pois o deslocamento dos clubes não é barato, então na boa e melhor acabar com a copa verde e fazer uma coisa melhor ou se os dirigentes do campeonato forem inteligente poderiam fazer uma mini libertadores com os times q são destaques das séries b e c dos outros paises próximos e assim iria valorizar a competição almentando a renda dos clubes nos jogos.

  2. O problema é que na Copa Verde so quem coloca público no estádio são Remo e mucura, mas um torneio que envolvesse pelo menos norte e nordeste valorizaria muito mais o campeonato.

  3. A copa verde é falida primeiro pelo regulamento
    Remo e Paysandu não teriam que ser obrigados a se encontrarem na semifinal
    Deveria ser permitido que os dois pudessem chegar até a final.e aí a renda seria absurda
    Essa cota é um desrespeito
    Outra coisa a copa verde perdeu a graça depois que a copa sul-americana deixou de ser o prêmio maior
    A CBF não está nem aí pro norte e olha que o presidente é um paraense mas é um mau caráter infelizmente que só olha seus interesses
    Concordo com a inclusão de times das séries b e c de Venezuela Paraguai e até Argentina mas qual seria a senhora premiação o bônus para esses times em caso de serem campeões
    Se o prêmio fosse a sul-americana tudo seria diferente

  4. O problema aí é falta de união dos clubes. A Copa do Nordeste é sucesso porque os clubes de lá se uniram e buscaram melhorias para cada um. O único que começou a ser egoísta e pedir mais só para ele foi o Sport e acabou saindo da Liga. Remo, Paysandu, Goiás, Atlético de Goiás, Vila Nova, Nacional, Luverdense e Cuiabá são os times que deveriam se unir e buscar melhorias. Fazendo uma fase de grupos e com cotas decentes, daria um puta campeonato.

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