Jayme e Ney da Matta
Jayme e Ney da Matta

O Remo tem pela frente um desafio neste domingo (18/02), contra o Bragantino, que não teria maior importância se o time não carregasse o peso da eliminação na Copa Verde. No Parazão, a campanha azulina é satisfatória, dentro das expectativas. O problema para Ney da Matta e seus comandados é a necessidade de reagir e mostrar que o time é merecedor de confiança.

Ocorre que as aspirações do torcedor nem sempre se coadunam com os projetos dos técnicos. Seres especiais, os treinadores são capazes de marchar abraçados a uma ideia, mesmo que isso signifique subir ao cadafalso. Marquinhos Santos foi defenestrado do rival bicolor após desafiar a paciência do torcedor com um esquema retranqueiro e que só o próprio técnico entendia que podia vir a dar certo.

Depois da desastrosa atuação frente ao Manaus (AM), o Remo voltou aos treinos e Ney da Matta deu a entender que a prioridade é o jogo decisivo pela Copa do Brasil, contra o Internacional (RS), na próxima quarta-feira (21/02). Ora, por mais que a lógica contemple essa maneira de pensar, é preciso entender que um clube de massa não tem prioridades, tem obrigações.

O Remo, que já frustrou o torcedor com a queda diante dos amazonenses, não pode mais tropeçar daqui para a frente. Esgotou a cota de erros. Contra o Bragantino, não está em jogo a colocação no Campeonato Paraense, mas a necessidade de dar uma resposta imediata às cobranças da torcida.

Caso a comissão técnica não consiga entender isso, seguramente não está preparada para a complexa missão de comandar um time extremamente popular e que não pode se contentar com planos e metas. Torcedor tem pressa, cobra resultados pontuais e não é sereno o suficiente para entender que a Copa do Brasil pode de fato ser o caminho da redenção.

Para que a massa se tranquilize será preciso ter força e determinação em todos os jogos, válidos pela Copa ou pelo Parazão. A torcida só não aceita é a entrega passiva, o descompromisso e a ausência de luta.

Contra o esforçado Bragantino, o Remo não estará cumprindo tabela. Será submetido a um teste rigoroso, sob a atenta observação do torcedor, que vai avaliar com frieza se a equipe é digna de confiança para enfrentar o Colorado gaúcho.

Ney da Matta e seus auxiliares precisam entender que a tese de priorizar o jogo contra o Inter não pode ser imposta à torcida. O discurso vale como estratégia interna, mas terá que ser deixado de lado na hora em que a bola rolar em Bragança.

Os muitos erros exibidos contra o Manaus (AM) esgotaram a paciência do torcedor e não serão mais aceitos caso se repitam diante do Bragantino. Nos vestiários do Mangueirão, pelo menos 3 jogadores repetiram o argumento de que não se pode considerar um time maravilhoso quando vence, nem tão terrível nas derrotas. Entendem que deve haver equilíbrio tanto nos elogios quanto nas cobranças.

A conversa é até bem construída e pode funcionar em sessões de autoajuda, mas não convence quem olha futebol com paixão e conhecimento. No mandamento das arquibancadas, jogar mal é até perdoável, mas perder sem esboçar luta é execrável. Por isso mesmo, o Remo não pode se dar ao luxo de repetir a frouxa atuação de quarta-feira (14/02).

Blog do Gerson Nogueira, 18/02/2018

1 COMENTÁRIO

  1. infelizmente um time sem garra , sem vontade e sem disposição , jogadores que não horam a camisa que vestem , um bande de pernas de pau , sem um minimo de inteligencia uma zaga que não existe e um meio campo sem inteligencia para armar as jogadas e um ataque que não sabe fazer gols ; o que mais esperar dessa cambada.

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